
Representantes dos Estados Unidos e da China iniciaram nesta segunda-feira (9), em Londres, uma rodada de negociações comerciais. O encontro tem como foco consolidar o acordo temporário firmado em 12 de maio, que prevê a redução mútua de tarifas por 90 dias.
A delegação americana é composta pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, o secretário de Comércio, Howard Lutnick, e o representante comercial, embaixador Jamieson Greer. Já a China é representada pelo vice-premiê He Lifeng, marcando sua primeira participação no mecanismo de diálogo direto entre os dois países.
Pontos principais da negociação
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Consolidação do acordo de Genebra, que reduziu tarifas de forma provisória;
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Discussões sobre exportações de terras raras, consideradas estratégicas pelos EUA;
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Temas sensíveis como semicondutores, segurança, fentanil e Taiwan também devem entrar na pauta.
Histórico do conflito tarifário
A tensão comercial se intensificou após o anúncio, em abril, de novas tarifas americanas que impactaram duramente os produtos chineses. A China retaliou com taxas similares sobre importações dos EUA. Acordos parciais vinham sendo ensaiados, mas sem consenso definitivo.
Com a trégua atual, espera-se que ambas as partes avancem para um pacto mais robusto. A reunião em Londres é vista como um teste decisivo para a continuidade do diálogo ou o retorno a um cenário de retaliações.
A presença do governo britânico é apenas como anfitrião das tratativas. As negociações podem se estender até terça-feira (10), dependendo do progresso dos debates.