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Ex‑presidente francês Nicolas Sarkozy entra em prisão após condenação por financiamento de campanha

Sarkozy foi condenado a 5 anos de prisão por conspiração para captar fundos da Líbia para sua campanha de 2007; recurso já foi interposto.

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy começou nesta terça-feira (21) a cumprir uma pena de cinco anos de prisão por envolvimento em um esquema ilegal de financiamento de campanha com dinheiro da Líbia. Trata-se do primeiro encarceramento de um ex-chefe de Estado francês desde a Segunda Guerra Mundial.


Sarkozy começa a cumprir pena

Sarkozy, de 70 anos, foi condenado por conspirar para captar recursos ilegais junto ao regime líbio durante sua campanha presidencial de 2007, ano em que venceu a eleição. A pena foi determinada mesmo com recurso ainda pendente, por decisão da Justiça francesa.

Na manhã desta terça-feira, o ex-presidente chegou à prisão de La Santé, no bairro de Montparnasse, em Paris, por volta das 9h40 do horário local. Ele foi levado sob forte escolta policial e ficará em uma cela individual de cerca de 9 metros quadrados, em área isolada da unidade prisional.


Caso inédito desde a Segunda Guerra

Sarkozy é o primeiro ex-presidente da França a ser preso desde 1945, quando o líder colaboracionista Philippe Pétain foi condenado por traição após o fim do conflito mundial. A prisão do ex-presidente marca um momento inédito na política francesa contemporânea.

Do lado de fora da residência de Sarkozy, no 16º distrito de Paris, cerca de 100 pessoas se reuniram em apoio ao ex-presidente, atendendo a um chamado feito por seu filho, Louis, de 28 anos.


Defesa e repercussão

Em publicação nas redes sociais, Sarkozy voltou a afirmar que é inocente e que enfrentará o processo com serenidade. “A verdade prevalecerá. Mas quão esmagador terá sido o preço”, escreveu enquanto era conduzido à prisão.

A decisão judicial reacende o debate sobre integridade eleitoral e responsabilidade de ex-líderes. A condenação envolve ainda outros acusados, mas a repercussão do caso se concentra no impacto institucional da prisão de um ex-presidente.

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