A sede de testagem da HTT (Hyperloop Transportation Technologies), em Toulouse, no Sul da França, foi a última parada da missão governamental internacional do governo do RS. A viagem chegou ao seu quinto e último dia nesta sexta-feira (08), depois de três dias em Madri e um em Barcelona, na Espanha.
A empresa desenvolve o Hyperloop, sistema de transporte por cápsulas para passageiros ou cargas que pode alcançar 1,2 mil km/h com conforto e segurança. Em janeiro deste ano, o governo do RS assinou um acordo com a Hyperloop e com a UFRGS para que fossem feitos estudos de viabilidade para a aplicação da tecnologia no Estado. A rota estudada foi Porto Alegre-Caxias do Sul, passando por Novo Hamburgo e Gramado.
“Participamos desse desenvolvimento apostando na inovação, na tecnologia, sabendo que, embora possa parecer difícil de compreender e parecer distante, pode se tornar realidade. É um meio de transporte absolutamente disruptivo. A pesquisa e a ciência por si só por trás desse meio de transporte já são muito relevantes, e viabilizar ali na frente esse meio de transporte no RS nos colocará ainda mais em destaque como referência em inovação”, disse o governador.
O responsável pelo programa Hyperloop, Alexandre Zisa, detalhou o funcionamento da tecnologia à comitiva. Para que o transporte via cápsula funcione, todo o ar é retirado de dentro de um tubo de 20 quilômetros. “A ausência de ar remove o atrito e diminui o gasto de energia, o que possibilita o deslocamento em alta velocidade. É o único meio de transporte dentro de um ambiente controlado, altamente seguro para humanos e para o meio ambiente”, explicou.
A HTT foi criada há sete anos. Até agora, a empresa investiu US$ 55 milhões no desenvolvimento e testagem da tecnologia. A previsão é de que os testes com passageiros sejam iniciados no próximo ano, e a primeira instalação da tecnologia deve ocorrer em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, a partir de 2023. “As tecnologias são existentes e viáveis. Nosso principal desafio é a viabilidade financeira”, explicou.
Não sou da área tecnológica, mas a inovação chama minha atenção. Este veículo me lembra o Aeromóvel e duas questões. Ele melhora muito um transporte coletivo com a levitação magnética – como nos trens japoneses -, mas perde pontos ao usar túnel de vácuo. O sistema de “vela” sob o trilho do veículo gaúcho, do engenheiro Oscar Koester, não reduziria significativamente o volume de recursos necessários?