Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão, foi eleito presidente da Bolívia neste domingo (19) com cerca de 63% dos votos válidos, derrotando o atual governo liderado por Luis Arce, do Movimento ao Socialismo (MAS). O resultado põe fim a duas décadas de domínio da esquerda no país, iniciado com Evo Morales em 2006.
A votação teve alta participação popular e apuração sem incidentes, consolidando a legitimidade do pleito. Durante a campanha, Paz defendeu uma nova fase política com foco em segurança pública, estabilidade econômica e reaproximação internacional com Brasil e Estados Unidos.
Discurso de transição
No pronunciamento após a confirmação da vitória, Paz declarou que pretende “governar para todos, sem revanchismo”, e que o país precisa “curar as divisões deixadas por 20 anos de polarização”. Ele prometeu apresentar, já nos primeiros 100 dias de mandato, um plano nacional de recuperação econômica.
Entre as prioridades, estão:
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Fortalecimento das Forças Armadas
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Política externa independente e pragmática
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Combate ao desemprego, à inflação e à pobreza
Derrota do MAS e desgaste do legado de Morales
Mesmo exilado, o ex-presidente Evo Morales tentou influenciar o resultado, incentivando o voto nulo e alegando perseguição política. Ainda assim, o MAS sofreu forte desgaste após anos de denúncias de corrupção e crise econômica, saindo fragilizado do processo eleitoral.
A posse de Rodrigo Paz está prevista para as próximas semanas, com expectativa de reconfiguração do cenário político boliviano e reposicionamento nas relações internacionais.
