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Trump ameaça elevar tarifas contra China e cancela possível encontro com Xi Jinping

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a elevar o tom contra a China nesta sexta-feira (10), ao acusar o país asiático de controlar a exportação de terras raras e adotar medidas comerciais hostis. Trump afirmou que estuda um aumento “massivo” nas tarifas sobre produtos chineses e descartou uma reunião com o presidente Xi Jinping, prevista para o fim do mês, na Cúpula da APEC, na Coreia do Sul.

“Agora não há motivo algum para essa reunião acontecer”, disse Trump.

A retaliação americana pode marcar a retomada da guerra comercial entre os dois países, suspensa no início do ano após negociações diplomáticas.

Terras raras e controle estratégico

Segundo Trump, a China começou a notificar governos ao redor do mundo sobre a intenção de restringir a exportação de elementos usados na produção de terras raras — grupo de 17 minerais essenciais para tecnologias de ponta, como chips, baterias e motores elétricos.

“Isso congestionaria os mercados e tornaria a vida difícil para praticamente todos os países do mundo”, declarou Trump em publicação na Truth Social.

A China é responsável por mais de 90% do processamento mundial de terras raras. O país também anunciou novas regras para monitoramento de tecnologias de refino e exigências para empresas estrangeiras que utilizam esses materiais.

Impacto nos mercados

As declarações tiveram efeito imediato nos mercados globais:

  • O índice S&P 500 caiu 2% após a publicação

  • O dólar perdeu força frente a outras moedas

  • Houve queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano

  • O preço do ouro subiu, com investidores buscando segurança

A Casa Branca e a embaixada chinesa não se manifestaram até a última atualização. Representantes do Tesouro e do Comércio dos EUA também não comentaram oficialmente.

Rivalidade estratégica

Trump acusou a China de adotar uma política deliberada de concentração de materiais estratégicos para “manter o mundo cativo”, e indicou que os EUA também possuem posições de força ainda não utilizadas.

“Para cada elemento que eles monopolizam, nós temos dois”, afirmou o presidente.

Ele encerrou dizendo que o momento exige uma resposta firme:

“Dependendo do que a China fizer com essa ordem hostil, serei forçado a contra-atacar financeiramente.”

A tensão ocorre poucos dias após Trump comemorar avanços diplomáticos no Oriente Médio e pode impactar diretamente a política comercial global e os preços de matérias-primas estratégicas nos próximos meses.

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