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Trump ordena envio de forças federais a Portland com promessa de “força total”

Decisão ocorre após confrontos em instalações do ICE e críticas de parlamentares democratas; legalidade da medida é contestada nos EUA

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou neste sábado (27) o envio de forças federais para Portland, Oregon,
autorizando o uso de “força total” para proteger instalações do ICE, alvo de protestos recentes.
A ordem marca a ampliação da presença militar em cidades americanas.

Motivo da decisão

Trump afirmou que as tropas foram solicitadas para defender estruturas do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE),
que teriam sido alvo de “ataques da Antifa e de outros terroristas domésticos”.
Ele disse ainda que a cidade estaria “devastada pela guerra” e precisava de intervenção.

Reação local e política

Autoridades democratas de Portland rejeitaram a medida. O prefeito Keith Wilson declarou que não pediu
intervenção federal. Parlamentares do estado, como a deputada Suzanne Bonamici e o senador Ron Wyden,
criticaram a ação e afirmaram que o presidente busca incitar violência.

Wyden lembrou que a medida repete a estratégia de 2020, quando forças federais foram enviadas ao Oregon durante protestos
pela morte de George Floyd.

Base legal contestada

A legalidade do envio de tropas é alvo de disputa judicial. Um juiz da Califórnia considerou ilegal ação semelhante em Los Angeles,
alegando violação da Lei Posse Comitatus, que restringe o uso das Forças Armadas em assuntos internos.
A Casa Branca, porém, desconsiderou a decisão, acusando a Justiça de limitar os poderes do presidente como comandante-chefe.

Apoio entre republicanos

A secretária do Trabalho, Lori Chavez-DeRemer, elogiou a decisão e disse que Portland se transformou em uma
“zona de guerra infestada de crimes”. Em rede social, agradeceu a Trump “por manter as instalações do ICE protegidas”.

Contexto recente

A ordem ocorre dias após Trump designar formalmente a Antifa como organização terrorista doméstica
e depois de um ataque a tiros contra uma unidade do ICE em Dallas, que deixou um morto e dois feridos.

Nos últimos meses, o presidente também havia enviado tropas para Los Angeles, Washington e Memphis
em resposta a protestos ligados a questões migratórias.

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