“Busquei um médico e encontrei um anjo.”
Essa é a relação de bons sentimentos que ficou estabelecida entre o paciente Solano dos Passos (43) e seu médico Marcos Goldoni (38). Relações como a deles não vêm ao acaso e, raramente, são motivadas por entusiasmos. Pelo contrário. Têm origem em dores, preocupações, ansiedades e medos.
Em pouco mais de quatro meses, Solano viu sua vida virar do avesso. Em vários momentos, chegou a pensar que não veria mais sua filha de dois anos e nem sua esposa. Foram 3 cirurgias e seis dias de UTI para retirada de um tumor no reto. Em todas as ocasiões, não apenas a mão, o conhecimento e a habilidade do médico Marcos Goldoni estiveram presentes, mas também toda a sua atenção, seu carinho e sua preocupação diários.
As fortes dores abdominais, quase insuportáveis durante as etapas que antecederam a descoberta da causa, foram amenizadas pelo bisturi e pela conduta humanitária de Goldoni. Tamanho cuidado ficou selado na memória e no coração de Solano. “Jamais esquecerei do primeiro instante quando entrei no consultório dele, em Porto Alegre. Eu senti uma segurança, uma confiança fora de série. O doutor Marcos é uma pessoa iluminada, não foi colocado no nosso caminho em vão; desde aquele instante, eu sabia que começaria a ser curado”, destaca o empresário no ramo de bebidas.
Todas as cirurgias foram realizadas em Encantado, terra natal do médico e onde o seu pai, Dr. Sérgio, também médico, atua há mais de 40 anos e onde Marcos passou a atuar recentemente.
Dos dias seguintes à primeira consulta, e até hoje, já praticamente curado, Solano e Marcos Goldoni preservam a relação de amparo e cuidado de um lado, e de gratidão por outro. “Eu devo minha vida a ele”, completa o paciente. A demonstração de carinho e gratidão também foi exposta nas redes sociais. Na terça-feira (18), no Dia do Médico, Solano não hesitou em prestar homenagem àquele que lhe garantiu a sobrevida.
“Foram três cirurgias realizadas em uma semana, seis dias de UTI, e na última, eu estava entregue; não tinha mais forças, mas ele estava lá, com todo o seu preparo, seu conhecimento e aparato profissional, e com o mais importante, com toda a sua humanidade. Eu sei que ele sofreu comigo por ver frustradas as tentativas de recuperação por meio das duas primeiras cirurgias que dispensavam o uso da bolsa de colostomia, mas meu organismo não aceitou e foi necessário mais um procedimento. Hoje em dia, estou novo, livre do tumor, que felizmente foi descoberto a tempo, não se alastrou, mas até termos certeza disso, vivemos dias de terror mental, e ele (o médico) continuou estando comigo, me mandando mensagens frequentes querendo saber se eu conseguia dormir, me alimentar, sempre procurando me tranquilizar, enfim… a humanidade dele é algo extraordinário”, declara Solano.
Um mês depois dos procedimentos, veio o resultado final: nada resta de células cancerígenas. “Foi quando comecei a viver de novo, em todos os sentidos, porque com a cura física, veio a cura mental, emocional, espiritual.”
O modo de exercer cada profissão tem muito a ver com a personalidade do profissional. São comportamentos que se associam e se entrelaçam. Por isso, casos como o de Solano e do médico Marcos Goldoni se sobressaem e ficam marcados na memória não apenas do paciente, mas de todos os que convivem com ele, como familiares e amigos.
“É muito gratificante poder ajudar em situações como a do Solano. São condições desafiadoras que exigem não só a técnica, mas sensibilidade, afeto e superação. Fico muito lisonjeado com a homenagem. Esse reconhecimento faz tudo valer a pena.” Marcos Goldoni.
Proximidade afetiva e empatia: a maior prova de amor
Para o diretor do Corpo Clínico do Hospital Beneficente Santa Terezinha, de Encantado, o médico João Augusto Bergamaschi, o exercício da medicina, na atualidade, vai além da consulta e dos procedimentos técnicos. “Essa relação médico-paciente demanda cada vez mais empatia, igualdade de opiniões e proximidade afetiva, ou seja, a relação deve ser cada vez mais humanizada, onde ambos os atores do processo devem se fazer entendidos: o remédio prescrito, a cirurgia indicada, seus benefícios e riscos, tudo deve ser compreendido para que a experiência da consulta e do tratamento seja gratificante e resolutiva, estando, ao final, o paciente seguro e confiante.”
Para João Augusto, não há prova de amor maior do que cuidar do próximo. “Bem mais que parabenizar meus colegas médicos, queremos agradecer por exercerem a arte de cuidar da vida com respeito, amor e dignidade.”
O conceito também é compartilhado pela médica Laura Dabroi (31). Ela diz que a missão do médico é acolher bem o paciente, escutá-lo com atenção às suas necessidades, fazer com que se sinta bem e que possa compartilhar suas dores e sentimentos. “Ajudá-lo da melhor forma possível é entender que o paciente dedicou ao profissional a missão de cuidar da vida dele”, destaca.
Saúde também é sentir-se bem e bonita
Conforme Laura, as pessoas buscam sentir-se bem, e para ela, o estado de saúde é global, a dor se manifesta de muitas formas e nem sempre ela é física. “Há uma preocupação crescente em envelhecer saudavelmente. Há procura sim por procedimentos estéticos, mas o que está em alta é a beleza com naturalidade, realçando o que há de mais bonito, corrigindo imperfeições. Há beleza em todas as idades”, completa.
Para Solano, essa é a atual missão. “Agora curado, busco me restabelecer, cuidando do meu corpo físico e da minha mente; sei que precisamos estar bem para conduzir da melhor forma nossas vidas em família, nos negócios, na comunidade. Estou feliz, e agradeço por tudo, todos os dias.”
Retorno às origens
Não obstante a toda tecnologia e a crescente inteligência artificial, a figura do professor ou do médico são exemplos em que o toque, a voz, a presença humana é, quase sempre, necessária para que se tenha a real percepção da dor, da angústia e da sensibilidade para que as expectativas sejam sanadas.
Para o diretor do Corpo Clínico do HBST, João Augusto Bergamashci, o futuro reserva muitos desafios. “O conhecimento avança, a medicina e a saúde demandam cada vez mais especialistas e cada vez mais especialização dos médicos. Mesmo assim, o que parece ser um dos maiores esforços atualmente, paradoxalmente se volta às raízes e à prática clássica: o médico não trata doença; ele trata de pessoas cuja saúde necessita ajuda e melhora!”
Diagnóstico: quanto mais precoce, melhor
A ferida ruim no intestino de Solano foi descoberta na gravidade 2, numa escala de 1 a 5. Segundo ele, isso contribuiu muito para a retirada do tumor antes que se alastrasse e causasse mais dor e sofrimento. “Foi um diagnóstico precoce, e fez toda a diferença”, reconhece.
Para a médica Clarice Prado Fachini, especialista em ginecologia e obstetrícia, cada paciente traz em sua história, medos e sonhos. Em 26 anos de profissão, ela diz que aprendeu com as pacientes o quanto o interesse do médico em ir a fundo na busca dos diagnósticos, faz a diferença.
Por ela, já passaram inúmeros casos de câncer de mama, e os avanços no tratamento são contínuos e o diagnóstico precoce é cada vez mais frequente. “Mesmo seguindo diretrizes, eu ficava preocupada com cada caso. E sempre me dizia: é possível diagnosticar antes?”.
É dela também o sentimento de que, saber todo o sofrimento vindouro, faz o médico sofrer também. “Hoje aprendi a lidar com a dor da paciente e com os meus sentimentos. Me tornei mais agressiva no diagnóstico e investigo cada anormalidade, e colho muitos casos de sucesso. Me alegro com cada cirurgia curativa, com cada final de quimioterapia, com os cabelos que ressurgem, com a vida que floresce.”
Oração de São Lucas
” Ó Mestre, Eu te agradeço porque me entregaste a missão de exercer a medicina, restituir a alegria de viver às pessoas que me são confiadas a qualquer hora, momento e lugar. Ofereço-te a minha vocação de servir a sociedade como instrumento de tua providência.
Grandes são os avanços da ciência, mas também são inúmeros os desafios à limitação humana que exige de mim seriedade, equilíbrio, sabedoria e fidelidade ao juramento que fiz. Ó Deus da vida! Ilumina-me e faça de mim um mensageiro de misericórdia e esperança.
Que no final de cada jornada eu possa celebrar o renascer da vida, fruto do trabalho e entregar-te às situações da minha limitação quando não tiver êxito. Senhor, que vieste trazer vida e vida em abundância, tornar-me um instrumento de tua misericórdia.
Amém. Obrigado, Senhor!”
MEDICOS DO CORPO CLINICO HBST:
Adriana Bronizaki
Adriana Werner Balbinot
Alexandre Jurach
André Luiz Peretti
Angela Nichel Garcia
Antonio Volmar Benato
Augusto Luiz Giongo
Brunno P Batalha
Caroline Chiarelli
Cesar R. Pereira
Clarice Prado Fachini
Darlei Worm Jr.
Diego Baldissera
Edisom Paula Brum
Elias Kury Moesch
Enrique Etges Ortega
Evódie Fernandes
Fabio Brum Vitoria
Fátima Lopes Carneiro
Fernanda Brandão
Fernando Luis Gugel
Geraldo Luiz Balbinott
Gibran Ahmad
Giliane Gianisella Maboni
Gustavo Andreis
Izenara M. P. Fuhr
João Augusto Bergamaschi
Jonathan Maboni
José Julio Guimaraes Neto
Juliano Sangalli
Kailene Serena
Luis Felipe dos S Canto
Luiz H Boaro
Maiara Conzatti
Maiticia Hoppe
Marcelo Bergamaschi
Márcio Dal Zot Dutra
Marcos Bertozzi Goldoni
Mauricio de Oliveira Feldens
Nédio Castoldi
Nestor Bergamaschi
Paulo R. Fuhr
Renata Teloken
Ricardo Ribeiro Amin
Roberto Ritter de Souza
Samir Kury Moesch
Sérgio I. F. Goldoni
Tatiane Pelegrini
Thiago Marini
Tobias Orlandini
Valquiria Schroder
Vinicius Lourega Pletsch
Vitor Hugo Machado