O atendimento do Hospital Beneficente Santa Terezinha, gerido pelos Camilianos, foi pauta de debate na sessão legislativa da última segunda-feira, dia 11. O vereador Valdecir Gonzatti (Gonzattinho), ao usar a tribuna, elogiou o trabalho do Poder Público, referindo-se às áreas de turismo e educação. No entanto, relatou apreensão com o atendimento da rede hospitalar em Encantado.
Gonzattinho destacou que o serviço ofertado pelo hospital é contratado pelo município é alvo de frequentes reclamações de populares, alegando ser falta de responsabilidade na gestão da casa de saúde. “Se esperar tudo do Poder Público, fica difícil. E nós somos testemunhas dos recursos que foi conseguido para o Hospital Santa Terezinha. Então não é por falta de dinheiro, é falta de planejamento, amor ao próximo e um pouco de empatia”, disse.
“Está na hora de irmos na matriz dos camilianos, os grandões estão lá em cima.”
O vereador Cris Costa, que seguiu na mesma linha do colega, lembra que o hospital é gerido por uma rede privada e entende que os vereadores estão fazendo sua parte com a busca de emendas parlamentares. Ele questionou qual o valor em recursos federais que já veio para o hospital e ventilou a possibilidade de uma prestação de contas. “Está na hora de irmos na matriz dos camilianos, os grandões estão lá em cima. Qual é o investimento desse hospital que é particular? Quanto os camilianos estão investindo no hospital que é deles? Alguém sabe? Nós precisamos dessa resposta”, salientou.
Marino diz que Médicos saem muito cedo dos Postos de Saúde
A vereadora de oposição, Andressa Souza, acredita que a demora no atendimento é decorrente do aumento da demanda, reflexo de um aumento populacional. Alega saber de casos de pessoas que esperaram pelo atendimento por mais de cinco horas, o que, para a vereadora, é consequência do pouco espaço. “Ontem (dia 10), no turno da tarde haviam atendido 88 pessoas, fora aqueles que foram fazer curativos. Eu sugiro à saúde pública deixar algum posto aberto no final de semana”.
Para o vereador Marino Deves é preciso se ter a clareza de que o hospital oferece um serviço contratado pelo município. Sendo assim, Deves acredita que a responsabilidade é também do Poder Público. “A solução está no fortalecimento dos nossos postos de saúde. Chega 16h ou 15h30min, não temos mais médicos nos postos. Isso tem sido recorrente”, colocou.