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Consumo de arroz e feijão atinge menor nível no Brasil desde os anos 1960

Dados da Embrapa mostram queda histórica; especialistas alertam para riscos à saúde com abandono da alimentação tradicional

O consumo de arroz e feijão no Brasil caiu para os menores níveis desde os anos 1960, segundo dados da Embrapa. A redução é atribuída à mudança de hábitos alimentares e preocupa pesquisadores da saúde, que veem riscos no abandono da tradicional combinação.


Queda histórica no prato do brasileiro

  • O consumo médio anual de arroz por pessoa chegou a 34 kg em 2024, o menor índice desde o início da série histórica da Embrapa.

  • O feijão, que já chegou a quase 23 kg por pessoa ao ano nos anos 60, também registrou a menor média em 2024.

“É uma mudança de época. Nas décadas de 60 e 70, tínhamos famílias maiores e o hábito de cozinhar em casa. Hoje, o cotidiano urbano é corrido e oferece opções mais rápidas”, afirma Alcido Wander, da Embrapa Arroz e Feijão.


Impactos na saúde pública

Pesquisadores alertam que a redução no consumo de feijão, em especial, pode afetar diretamente a saúde da população. O grão é considerado um marcador da alimentação saudável e tem papel importante na prevenção de doenças crônicas.

“Arroz com feijão protege contra obesidade e doenças crônicas não transmissíveis. Precisamos incentivar o retorno a esse padrão alimentar”, diz a médica Débora Malta, professora da UFMG.


Hábito em transformação

Restaurantes e consumidores relatam que a preferência por refeições rápidas e outras composições está crescendo. Mesmo presente no cardápio, a tradicional dupla não é mais a primeira escolha de muitos brasileiros.

A tendência preocupa nutricionistas e reforça a necessidade de políticas públicas que valorizem a alimentação tradicional e acessível.

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