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Frio acende sinal de alerta para bronquiolite; Dra. Izenara aborda doença tão comum nesse período do ano

A bronquiolite viral aguda (BVA) é a infecção viral do sistema respiratório inferior mais comum em crianças pequenas, ocorrendo com maior frequência nos primeiros dois anos de vida, conforme a pediatra Izenara Medianeira Penna. A incidência é particularmente alta em lactentes menores de seis meses, com casos severos frequentemente observados em bebês de um a três meses de idade. A doença, causada principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR), também pode ser desencadeada por outros vírus como Influenza, Rinovírus e Parainfluenza.

Sintomas iniciais

De acordo com Dra. Penna, os primeiros sintomas da bronquiolite se assemelham a um resfriado comum, apresentando coriza clara, obstrução nasal leve, tosse, febre (não sempre presente) e diminuição da aceitação alimentar. A tosse pode evoluir e tornar-se mais intensa, levando a dificuldades respiratórias como chiado nos pulmões e respiração rápida (taquipneia). “O aumento da frequência respiratória é um sinal importante, podendo estar relacionado à bronquiolite e pneumonia,” explicou a médica.

Diagnóstico e vulnerabilidade

O diagnóstico da BVA é essencialmente clínico, baseado na história e no exame físico da criança. Crianças menores de dois anos são as mais afetadas, com 90% das hospitalizações ocorrendo em crianças menores de 12 meses. “Prematuros, crianças com doenças cardíacas ou pulmonares crônicas e aquelas com imunodeficiências são mais vulneráveis a desenvolver bronquiolite severa,” acrescentou a pediatra.

Tratamento e recuperação

O tratamento da bronquiolite é sintomático, com controle da febre por antitérmicos, elevação da cabeceira do leito em 30 graus e manutenção da higiene nasal, fundamental para os lactentes, que são respiradores nasais exclusivos. Para prematuros com menos de 29 semanas, o anticorpo monoclonal Palivizumabe é indicado em cinco doses durante os meses de maior circulação do VSR, de abril a agosto no Brasil.

A recuperação domiciliar inclui repouso, boa hidratação e higiene do ambiente, evitando poeira e fumaça de cigarro. “Manter as narinas limpas com soro fisiológico e a cabeceira elevada são medidas simples que podem ajudar,” orientou. 

Período de maior incidência

De acordo com Izenara, a BVA é mais comum entre abril e agosto, com um pico durante o inverno. Medidas preventivas incluem evitar contato próximo com pessoas resfriadas, lavar as mãos frequentemente e manter a amamentação. Acompanhar o desenvolvimento da criança com um pediatra e seguir o calendário vacinal são essenciais para prevenir complicações.

Dra. Izenara
Agro Dália

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