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Ministério da Saúde recomenda mamografia a partir dos 40 anos

Além da nova faixa etária, governo amplia exames até os 74 anos e incorpora tratamentos modernos contra o câncer de mama no SUS

O Ministério da Saúde atualizou nesta terça-feira (23) as diretrizes para a prevenção do câncer de mama e passou a recomendar a mamografia para mulheres a partir dos 40 anos. A medida amplia o acesso ao exame pelo SUS e acompanha o aumento de casos em faixas etárias mais jovens.


O que muda na prática

Com a mudança, mulheres entre 40 e 49 anos poderão fazer mamografias sob demanda, mediante recomendação médica. Antes, o exame só era orientado de forma sistemática a partir dos 50 anos.

O novo protocolo estabelece:

  • 40 a 49 anos: acesso garantido ao exame, mediante avaliação clínica

  • 50 a 74 anos: rastreamento obrigatório a cada dois anos

  • Acima de 74 anos: exame pode ser indicado caso a paciente tenha boa expectativa de vida

O governo também ampliou a faixa do rastreamento sistemático, que antes era limitado até os 69 anos.


Mais diagnósticos, mais cedo

A mamografia é o principal método para detectar precocemente o câncer de mama. Em 2024, mais de 30% dos exames realizados no país foram em mulheres abaixo dos 50 anos, o que influenciou a decisão de atualizar os critérios.

Dados do Ministério da Saúde mostram que 37% dos diagnósticos no Brasil ainda ocorrem em estágio avançado (graus 4 ou 5), o que reduz as chances de cura.


Novos tratamentos no SUS

O pacote anunciado inclui também a incorporação de novas terapias e medicamentos na rede pública. Entre eles:

  • Inibidores de CDK 4/6: bloqueiam a divisão celular em casos de câncer avançado

  • Trastuzumab entansina: leva quimioterapia direto às células tumorais

  • Supressão ovariana e hormonioterapia injetável: reduz a produção de estrogênio

  • Fatores estimuladores de colônia: fortalecem a imunidade durante quimioterapia

  • Neoadjuvância ampliada: tratamento antes da cirurgia agora disponível para estágios iniciais do tumor

Além disso, foi lançado um novo manual de diagnóstico precoce voltado aos profissionais da atenção primária.


Estrutura e atendimento

O governo também reforçou que a nova política será acompanhada de ações estruturais. Até outubro, 27 carretas móveis de saúde devem circular por 22 estados, oferecendo mamografias, consultas e biópsias gratuitamente.

Outro ponto anunciado é o investimento de R$ 100 milhões em pesquisas sobre câncer de mama, colo de útero e intestino.

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