“Não descarto ter outros, teria mais dez”, garantiu.
“Depois que casamos, fomos deixando acontecer […]. Ao longo desses dez anos, o maior intervalo entre uma gravidez e outra foi entre o quinto e o sexto filho, quando demorei um ano para engravidar de novo. Da sexta para a sétima, engravidei menos de três meses depois do parto” enumerou.
Apesar de encontrar grande alegria na maternidade, Mariana não esconde as dificuldades que enfrentou nas gestações. Em sua avaliação, porém, o nascimento compensa todos os obstáculos.
” Passei mal em todas as gestações; foram pelo menos quatro meses vomitando. Mas, depois que o bebê nasce, a gente esquece tudo. Todos nasceram de parto normal, com mais de 38 semanas. Mas cada parto é diferente e único. Na primeira filha, no auge da dor, a médica disse que ainda ia longe, e eu pedi para fazer uma cesárea. Minha irmã, que também estava acompanhando, disse que não ia permitir, que a recuperação é pior. Passou o desespero e nunca mais pedi” detalhou.
CRIAÇÃO
Para educar os filhos, Mariana conta com a ajuda de uma babá e de sua mãe. Quando pondera sobre qual é o grande desafio da criação dos pequenos, ela é categórica: o respeito aos horários.
“Arrumar, deixar todo mundo pronto, sair na hora certa. Colocar na cama às vezes também é difícil. Sai cada um para um lado, é uma confusão. Perco a paciência, claro. Sou igual a toda mãe. Se vejo que estou saindo do sério, fico cinco minutos no meu quarto e volto mais tranquila. […] Coloco eles na cama a partir das 20h. Até umas 20h30, já está todo mundo dormindo. Sou bem chata com isso; sono em casa não é negociável. Assim também tenho tempo para ficar com meu marido” explica.
Segundo a dona de casa, o segredo para ter uma grande família é ter uma vida “organizada”, “com rotina”.
“Antes de engravidar, eu malhava de manhã; hoje posso ir à médica ou ao salão. Sete vão para a escola em meio período e fazem atividades, como balé, futebol e taekwondo. Para ter bastante filho, tem que pedir descontos em todos os lugares, ou fica inviável. Não dá para viajar várias vezes por ano, e o negócio é pesquisar com antecedência […] Quase sempre saímos em dois carros e estamos avaliando comprar uma van depois dos gêmeos. Quando vamos jantar fora, a escolha do restaurante é pelo voto” assinalou.
Mariana conta que sua família sofre preconceitos e muitas das vezes é alvo de palpites por parte de desconhecidos:
“Outro dia uma pessoa que eu nunca tinha visto me disse: “Tá bom agora, não precisa mais”. Muita gente diz “agora já deu”. Mas não. A decisão é minha e do meu marido. Hoje já nem me estresso, mas as pessoas são indelicadas. Não descarto ter outros;, teria mais dez. Depois dos 35 anos, a taxa de fertilidade cai, então não sei. Tem a vontade de Deus” ressaltou.
AMIZADE DOS FILHOS
Na avaliação da grande mamãe, o mais recompensador em ter uma família com muitos filhos é ver a amizade e o cuidado que eles têm uns pelos outros.
“São muito amigos, não sentem ciúmes, brincam juntos. Também brigam entre eles, claro, mas eu corto do começo. Já mando pararem e falo para ficarem de mãos dadas até fazerem as pazes. Nunca teve palmada, mas rola castigo. O que eu mais gosto de ver é a amizade deles, que é muito bonita, um cuida muito do outro. É uma relação eterna ” assinalou.
Não é surpresa que a família de Mariana e Carlos atraia curiosidade por onde passa. Para compartilhar um pouco de sua rotina e dar dicas de maternidade, ela decidiu criar a conta @coracaodemami no Instagram e já reúne quase 100 mil seguidores.