Para muitos especialistas, este é o vilarejo mais frio da Terra, tendo registrado -71,2ºC no século passado. Hoje em dia, com registros mais precisos, as médias continuam assustadoras. Em janeiro, a média é de -50ºC ao longo do mês.
Na década de 1920, a cidade funcionava como uma parada para pastores de renas, que aproveitavam as águas termais do manancial próximo que dá nome à região. Com o objetivo de acabar com o nomadismo, o governo da União Soviética forçou os pastores a se estabelecerem definitivamente no local, formando a cidade como é hoje.
O verão no vilarejo é muito mais tolerável e pode alcançar temperaturas de até 32 °C. Entretanto, o período de calor é escasso e dura apenas poucos meses. A luz do dia também varia muito ao longo do ano, com cerca de apenas 3 horas no inverno e impressionantes 21 horas no verão.
E como é a rotina de um habitante de Oymyakon?
Por causa do frio, durante um mês as crianças não podem ir à escola, assim como não podem brincar na rua quando a temperatura está em torno dos -60°. Os moradores não possuem água corrente pois os canos congelam: a água potável é obtida através de raspagens no gelo formado em um dos rios que cruzam o território.
Eles possuem conexão de internet e televisão por satélite, mas é comum os celulares congelarem quando levados para a rua.
Em 2017, o fotógrafo Amos Chapple, da Nova Zelândia, decidiu viajar para Oymyakon para registrar, de perto, o dia a dia das pessoas que decidem enfrentar o frio para morar por lá. Confira alguns dos registros:
Os aviões têm dificuldade para pousar no inverno, por isso, boa parte das mercadorias e mantimentos chegam apenas pela estrada federal Kolyma. A cidade mais próxima, fora do distrito, fica a 929 kms. Além de Oymyakon, há outras cinco cidades na região, com o total de 5.000 habitantes.