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O tenor agora é pop; Conheça a trajetória de Vitor Delazeri

Vitor, também conhecido como "o Tenor Mirim" na Região dos Vales, começou a cantar aos nove anos e busca cada vez mais se aperfeiçoar

Quem nunca cantou no chuveiro?

Artista canta no chuveiro também! Aos nove anos, Vitor Delazeri costumava divertir-se após o banho cantando em frente ao espelho. Foi quando, no feriado de Natal de 2012, ao ajudar o tio no corte da lenha, entoou algumas canções natalinas a pedido do familiar, que ficou encantado com a potência vocal do sobrinho. Empolgado com a descoberta do talento, o tio comunicou a mãe, que prontamente o inscreveu em uma aula de canto.

Foi nos galpões o início oficial do tenor. O pequeno participava de competições em rodeios tradicionalistas, onde começou a “pegar o gosto pela coisa”. Neste período de aulas de canto, a professora Nice Porto descobriu uma particularidade na voz de Vitor: sua potência vocal era tamanha que poderia torná-lo um tenor. Foi então que ele concentrou-se na técnica vocal, a fim de educar sua voz para se tornar um bom cantor.

O interesse pelas grandes competições nasceu em 2013, quando foi inscrito pela mãe na competição “A hora dos talentos”.

“Foi um acidente”, brinca Vitor. “Minha mãe perguntou se eu cantaria em uma competição amadora em Lajeado. Estava vendo novela e respondi ‘sim’ sem perceber”.

“O Sole Mio” foi a canção escolhida por ele, que conquistou os jurados. Delazeri ganhou seu primeiro prêmio – que o marca até hoje. “Foi uma oportunidade muito importante. A partir daí comecei a ser notado pelas autoridades e fiz muitos contatos para shows. Minhas primeiras apresentações em feiras partiram deste concurso”, comenta.

Vitor acrescenta que sua mãe foi uma das maiores apoiadoras, juntamente com a dona Odete Ghisleni, amiga da família que sempre deu todo o suporte para realizar os sonhos do garoto.

No mesmo ano, se inscreveu e foi campeão do programa “Mini-Prodígios”, do Domingo Legal. Com isso, ganhou ainda mais reconhecimento, expandindo sua agenda de shows. Seguindo o embalo, mandou um vídeo para o programa do Raul Gil, mas não teve retorno da direção.

A era de Delazeri e Juan Pablo

Vitor havia conhecido sua dupla futura dupla pela internet, apenas pela troca de mensagem. Foi então que em 2016, os dois arriscaram-se  – partindo da ideia que os timbres vocais se encaixariam –  e formalizaram a inscrição, novamente para o Programa do Raul Gil. Desta vez,  o encantadense  obteve sucesso. A repercussão foi tamanha que o duo sagrou-se campeão do programa.

Em virtude da distância (Juan reside no interior de Santa Catarina), os jovens tenores ensaiavam via áudio no WhatsApp e encontravam-se apenas para ensaios raros e apresentações.

Depois de três anos dividindo os palcos, a dupla rompeu. Além da distância e ensaios precários, Vitor afirma que os seus objetivos e do parceiros eram distintos. Houveram também problemas contratuais entre os dois. O adeus do Vitor clássico: muito talento e uma pitada de sorte.

Nasce um novo artista contemporâneo.

Segundo Delazeri, o canto lírico ajudou muito na sua composição vocal atual. “Gosto muito do canto lírico mas me identifiquei mais com o pop, principalmente por ser jovem. A experiência com o clássico e a melodia lírica me ajudam muito na composição de novas músicas, tenho muita facilidade na área criativa”, coloca. “Tentei algo novo e estou gostando muito deste ‘novo”, completa o jovem. Vitor também salienta que respeita e admira muito todos os estilos musicais: “não tenho nenhum tipo de preconceito com qualquer gênero”.

Mas afinal… como migrar do lírico para o Pop? Técnica! O canto lírico possui timbres quadrados e muito potentes, enquanto a música popular dispõe de uma dosagem e controle um pouco maiores. Segundo o cantor, o “trabalho de formiguinha” se deu com muito treino e paciência. “O Carlos Maia me ajudou muito nesta transição e na reeducação da minha voz. Treinava muito ouvindo Bruno Mars enquanto lavava a louça”.

E agora, por onde anda o tenor?

Em São Paulo. Depois de muitas idas e vindas, a banda teen Boomerang se consolidou oficialmente. 2022 foi repleto de ensaios de dança e técnica vocal, tudo para preparar os meninos para um futuro intenso. Vitor (RS), Tom (RJ), Gustavo (PR), Murilo, Diego e Felipe (todos de SP) compõem o conjunto, que promete fazer muito sucesso. “Também nos encontramos pela internet. Por convite do Carlinhos [Carlos Maia, produtor musical do SBT] e do Marcos [Maynard; já trabalhou com grandes nomes, como Roberto Carlos e Elis Regina e lançou grupos como RPM, Balão Mágico, Dominó entre outros] começamos as conversas.

“O Brasil precisa de novos ídolos teen.” coloca o ex-tenor. E acrescenta: “Os contatos que eu fiz ao longo dos programas me ajudaram muito a chegar onde eu estou”.

Vitor também adianta que a Boomerang está com a agenda com muitos compromissos. Entre eles, shows, gravação de clipes, divulgações em rádios e produção de novas músicas.

Agro Dália

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