Na semana passada, a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que a fabricação, comercialização, importação e propaganda de cigarros eletrônicos seguem proibidas no Brasil. A manutenção da proibição destes foi unânime no órgão, já que não existem evidências técnicas e científicas que apresentem menores riscos à saúde do que os cigarros convencionais.
A fim de coibir o mercado irregular, a diretoria pediu o aumento da fiscalização sobre os dispositivos eletrônicos, que já são proibidos em território brasileiro desde 2009. A Anvisa afirma que os chamados “vapes” favorecem a entrada do público jovem no tabagismo, já que o gosto possui diversos aromas e sabores.
Vendidos ilegalmente no país, a fiscalização deve ganhar força, já que o órgão pretende alterar o texto da regra sobre os cigarros eletrônicos para indicar a necessidade de ações de fiscalização em parceria com outros órgãos e de campanhas educativas.
Segundo uma pesquisa realizada em 2019, cerca de 13% dos estudantes entre 13 e 15 anos já experimentaram um vape; de 16 e 17 anos o número aumenta para quase 23%
Não é só no Brasil
No mês passado, a agência americana Food and Drug Administration — Anvisa dos EUA — ordenou que a fabricante de cigarros eletrônicos JUUL acabe com as vendas dos produtos nos sabores tabaco e mentol. Queridinha dos jovens americanos, a marca é considerada uma das culpadas pela epidemia do uso de vaporizadores no país.
Segundo a agência, o benefício do JUUL como uma alternativa de menor risco aos cigarros para fumantes adultos não supera sua contribuição na febre de vaping entre adolescentes.