Igor Weingartner é nomeado Vice-Presidente Executivo
Criado em dezembro de 2022, o novo cargo no organograma tem a responsabilidade de auxiliar o presidente executivo com os negócios da empresa
Em 12 de dezembro, a Cooperativa Dália Alimentos criou um cargo no organograma da empresa. Agora, assim como ocorre no conselho de administração, o organograma passa a ter um Vice-Presidente Executivo que tem a responsabilidade de auxiliar a presidente em relação aos negócios da empresa.
Quem assumiu o novo cargo de Vice-Presidente Executivo foi Igor Estevan Weingartner, que também acumula a função de gerente da Divisão Comercial Carnes e Derivados.
Conforme o Presidente Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, a decisão surgiu pela necessidade decorrente do crescimento, que por sua vez aumentou o nível de complexidade da Dália. “Cada divisão vem nos exigindo mais atenção. No entanto, nos resta pouco tempo para estender o olhar para a realidade externa do contexto econômico das cadeias produtivas e suas implicações”, afirma Freitas. Com isso, tornou-se indispensável o apoio efetivo do atendimento às necessidades das divisões, liberando parte do tempo do Presidente Executivo para a análise de cenários e prioridades existentes no ambiente externo da empresa.
Além de auxiliar o gestor nas tarefas diárias, o cargo de Vice-Presidente é a preparação de nova liderança para o futuro da cooperativa, a exemplo do que ocorre nas diversas divisões e no quadro social da Dália.
Há 15 anos na Dália
Weingartner é graduado em Administração de Empresas com Habilitação em Comércio Exterior e possui MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O jovem ingressou na cooperativa em 8 de outubro de 2007 como supervisor de vendas na área comercial e, na época, teve como chefe, professor e mentor seu pai, Paulo Weingartner. “Entrei na Dália para substituir um supervisor que havia saído e após dois anos fui convidado pela Direção para trocar de setor. Foi então que surgiu a migração para a Divisão Produção Agropecuária (DPA), em um primeiro momento, como uma fase de ‘teste’, mas passados seis meses fui efetivado como gerente da divisão onde permaneci por dez anos”.
Em 2021 ele retornou para a área comercial, mas dessa vez, substituiu seu pai, que exerceu a função de Gerente da Divisão Comercial de Carnes e Derivados. “Essa experiência tem sido muito boa, sem mencionar a honra de estar ocupando a função exercida pelo meu pai durante anos. Tenho aprendido muito e enfrentado grandes desafios desde então”.
“Mercado se move rapidamente”
“Em se tratando das adversidades do momento, esperamos que o mercado se autorregule novamente e assim, o cenário seja mais favorável para as agroindústrias”. No entanto, diante das dificuldades enfrentadas no setor, a Dália veem priorizando algumas ações: “ajustamos o mix de produtos para comercialização, observamos constantemente os mercados de atuação e também fizemos pequenos investimentos nas indústrias”.
Em relação a expectativa da nova função, o Vice-Presidente Executivo tenciona implementar planos de ação de forma mais rápida e aproximar a área comercial das indústrias. “Desde que ingressei na cooperativa aprendi muito sobre os negócios da agropecuária e os desafios que a produção animal tem. Essa experiência me fez entender que o mercado se move rapidamente e as empresas precisam ser rápidas nos diagnósticos e eficientes na implantação das mudanças”.
Por que tantas dificuldades da produção de proteína animal?
O mundo da produção de proteína animal não é mais o mesmo após a Peste Suína Africana (PSA) e a pandemia. “Estamos passando por um período de ajuste de oferta e demanda das carnes. O mundo aumentou seus rebanhos entre 2020 e 2021 e agora temos mais oferta de carne em relação ao consumo”, ressalta Weingartner.
Além disso, os altos custos de produção batem recordes. “A saca de milho está no valor aproximado de R$ 100,00. Já o farelo de soja teve picos de R$ 2.700,00 a tonelada. Os consumidores sentem dificuldade para pagar os preços necessários para cobrir os custos de produção”.
Igor ainda destaca que não é possível repassar esses custos no produto final, uma vez que, hoje, o consumidor tem pouco poder de compra. “Não conseguimos comercializar nossos produtos com os preços necessários para cobrir os custos. Vivemos um momento onde os produtores do mundo inteiro estão perdendo dinheiro, assim como as indústrias e, por isso, aguardamos mudanças no mercado”, finaliza.