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Fauna salvagem é vítima de produtos químicos indestrutíveis

Pandas, tigres, leões marinhos e outras centenas de espécies de animais selvagens sofrem as consequências da disseminação das substâncias químicas conhecidas ao redor do mundo como PFAS, de acordo com um estudo que reúne dados globais.

As substâncias perfluoroalquil e polifluoroalquil (PFAS) são ingredientes amplamente utilizados nas indústrias. Suas aplicações são variadas por conta da resistência ao calor e à umidade, sendo utilizadas, por exemplo, para revestir panelas (teflon).

As PFAS começaram a ser utilizadas na década de 1940. Aproximadamente 90 anos depois, são conhecidas por serem quase indestrutíveis no meio ambiente.

Mais de 330 espécies de animais são vítimas involuntárias da propagação dessa substância.

As partículas foram detectada em mais de 125 estudos no mundo inteiro.

A análise feita pelo Environmental Working Group (Grupo de Trabalho Ambiental), que tem uma seção específica dedicada ao estudo das PFAS, apontou que “em qualquer país ou continente aparecem estes perigosos produtos químicos, depois que os animais são submetidos a testes” de detecção.

Um segundo estudo divulgado nesta quinta-feira por outro grupo de especialistas, o Eternal Contamination Project (Projeto Contaminação Eterna), na Europa, apurou 17.000 locais contaminados com PFAS.

A Europa está muito mais contaminada pelas PFAS do que se esperava, e de acordo com este grupo, acabar com a presença dessas substâncias custará bilhões de euros.

“Elas não se decompõem no meio ambiente e podem ser encontrados na água, no ar e nos humanos”, explicaram os especialistas.

O mapa deste grupo mostra 20 produtores de PFAS na Europa em 232 áreas industriais, onde são utilizadas para fabricação de plásticos, pesticida e tecidos impermeáveis.

As PFAS podem causar câncer e infertilidade.

A concentração de PFA detectada em “mais de 2.100 lugares críticos” supera os 100 nanogramas por litro de água, o que representa um perigo para a saúde humana.

Fonte
gzh
Agro Dália

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