Neste Dia dos Pais, histórias de legado e inspiração se destacam, e poucas são tão emocionantes quanto a de André Sangalli e seu filho Matias. André, ex-goleiro profissional que defendeu as cores de grandes clubes e conquistou inúmeros títulos ao longo de sua carreira, vê agora o pequeno Matias, de apenas 10 anos, trilhar um caminho similar.
Inspirado pelo pai, seu maior ídolo, ele tem demonstrado talento e dedicação desde cedo e, no último mês, foi o goleiro destaque em uma competição na Argentina, provando que a paixão pelo futebol e a habilidade de defender o gol são, de fato, uma herança de família.
André iniciou sua carreira no futebol na Escolinha do Esporte Clube Encantado, e depois passou seis anos no Grêmio — quatro na base e dois no profissional, onde trabalhou com Tite e conquistou a Copa do Brasil e o Campeonato Gaúcho em 2001. Em seguida, teve passagens pelo Juventude, Guarani de Venâncio, Lages, Veneza (Itália), Jota Maluceli, Santa Cruz, Náutico e Ceará. No Caxias, destacou-se ao defender quatro pênaltis na semifinal do Gauchão. “Meus últimos anos foram no Juventude, onde conquistamos o acesso à Série D e jogamos a Série C. Com meus filhos já nascidos, a ideia era ficar mais próximo de casa. Assim, encerrei minha carreira lá e me aposentei”, lembra André.
Desde muito cedo, Matias demonstrou talento e paixão pelo futebol, seguindo os passos do pai. Aos dois ou três anos, já demonstrava interesse pelo gol e começou a jogar pelo CFM Centro Esportivo. “Sempre gostei bastante de ser goleiro e recebi incentivo para continuar. Notei que minhas habilidades eram melhores na defesa do que na linha”, revela o jovem atleta.
Atualmente, Matias integra o grupo de transição do Juventude e já foi convocado para jogar campeonatos como goleiro. “Embora seja prematuro pensar em uma carreira profissional aos 10 anos, fico contente com a convocação, pois isso contribui para seu amadurecimento e fortalecimento de sua personalidade, além de proporcionar experiências e trocas valiosas com outras crianças e professores”, destaca.
O incentivo para praticar esportes sempre foi constante na relação entre pai e filhos. André, inicialmente, preferiu que Matias jogasse em outra posição. “Eu não quis interferir quando ele escolheu o gol. Talvez isso tenha ocorrido porque, após seu nascimento, parei de jogar e ele me viu apenas por vídeos e internet. O Joaquim, meu filho mais novo, também teve uma fase em que queria ser goleiro, mas agora decidiu ser zagueiro. Como muitas crianças, eles sonham em se tornar jogadores de futebol profissionais “.
Os momentos que compartilham no futebol são preciosos para a família. A comemoração do Dia dos Pais não poderia ser mais especial: os três já têm um jogo agendado entre pai e filhos. “Nós três nos reunimos para ir ao campo e brincar juntos. Cada um tem um papel preferido: um quer ser goleiro, o outro prefere jogar na linha”, finaliza o pai.