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Polícia

Morte de gêmeas no Interior gaúcho: Polícia Civil suspeita de envenenamento pela mãe

A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que a morte de duas gêmeas de 6 anos, na cidade gaúcha de Igrejinha (Vale do Paranhana), tenha sido causada por envenenamento intencional, supostamente pela mãe. Os óbitos ocorreram em um intervalo de oito dias – uma em 7 de outubro, outra no dia 15. A investigada tem 42 anos e permanece presa preventivamente desde a última terça-feira (15). O avanço do inquérito ainda depende de laudo a ser concluído por técnicos do Instituto-Geral de Perícias (IGP).

De acordo com o diretor do Departamento de Polícia do Interior, delegado Cléber Lima, depoimentos de familiares e conhecidos das vítimas reforçam a suspeita de que o duplo infanticídio teria sido cometido em retaliação ao pai das garotas. A motivação seria o assassinato do primogênito do casal em um confronto relacionado a tráfico de drogas na cidade de Santa Maria (Região Central), em 2022 – a mulher culpa o marido pelo fato.

Semanas antes do primeiro óbito, a mãe permanecera internada durante mais de um mês aos cuidados de uma clínica psiquiátrica. A internação foi causada por supostos distúrbios psiquiátricos deflagrados pela perda do jovem.

Outra filha, de 19 anos, já depôs à Polícia. Ele relatou uma tentativa anterior de envenenamento pela mãe, mas o alvo teria sido o companheiro, mediante adição de sedativos na alimentação. No caso das gêmeas, até agora não foram encontrados indícios da possível presença de veneno ou medicamentos suspeitos na residência, no loteamento Jasmim (bairro Morada Verde).

Também intriga as autoridades o fato de ambas as meninas terem passado mal e falecido em casa quando o pai não estava. A primeira gêmea, quando ele estava no local de trabalho. Já o segundo óbito se deu durante a ida do homem a um supermercado a pedido da esposa.

Prisão preventiva

Na noite de terça-feira (15), o juiz responsável pela 1ª Vara de Igrejinha decretou a prisão temporária da investigada. A medida é válida por 30 dias, prorrogáveis por igual período se houver comprovação de necessidade. Ele também determinou que o Hospital Bom Pastor forneça à Polícia Civil os documentos médicos relativos à internação da mulher.

O magistrado ressaltou a presença de requisitos legais para a reclusão, bem como a suficiente demonstração de que a esta é indispensável para a continuidade da apuração do caso:

“Há necessidade de se colher elementos de convicção relativos ao delito, que poderá ser melhor elucidado após a análise dos documentos médicos”.

Fonte
O Sul
Agro Dália

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