#CaliSchäffer | O Titanic
“Aproximo-me suavemente do momento em que os filósofos e os imbecis têm o mesmo destino.” – Voltaire
O Titanic, o maior e mais luxuoso navio de passageiros da época, foi projetado para ser a maravilha do início do século XX. Construído entre 1909 e 1911 em Belfast, Irlanda do Norte, o navio impressionava pela grandiosidade e pelo luxo que ostentava. Com 269 metros de comprimento e capacidade para mais de 3.000 passageiros, o Titanic era um símbolo de avanço tecnológico e ostentação. Seu interior contava com 840 cabines, bibliotecas, piscinas, quadras esportivas, salões de jogos, e até barbearias e elevadores. Para muitos, era o navio que representava o auge da sofisticação e do conforto.
A primeira viagem do Titanic aconteceu em 10 de abril de 1912, partindo de Southampton, na Inglaterra, com destino a Nova Iorque. A bordo, mais de 2.200 pessoas, entre passageiros e tripulantes, estavam a bordo de um navio que parecia indestrutível. Mas, quatro dias depois, na madrugada de 15 de abril de 1912, o navio colidiu com um iceberg, causando um rasgo irreparável em seu casco. O naufrágio, que vitimou mais de 1.500 pessoas, a maioria da terceira classe, se tornou um dos maiores desastres marítimos da história.
A velocidade máxima do Titanic era de 42,5 km/h, e seu funcionamento exigia grandes quantidades de carvão, com 100 toneladas sendo despejadas no oceano todos os dias. O custo para se hospedar na primeira classe era de 4.500 dólares atuais. Mesmo em um cenário de tanto luxo, o navio não estava preparado para o desastre que o aguardava.
Curiosamente, oito músicos foram contratados para acompanhar os passageiros, tocando até o último momento. Eles morreram enquanto tocavam a música “Nearer My God to Thee” (“Mais perto, meu Deus, de Ti”), em um dos momentos mais trágicos da história.
Uma decisão errada tomada pelos comandantes do Titanic foi a principal responsável pelo desastre. Uma falha de julgamento que resultou em um naufrágio devastador. Essa reflexão nos leva a pensar sobre o Brasil, um país com vastos recursos naturais e um potencial imenso para se tornar uma das maiores potências do mundo. No entanto, assim como o Titanic, o Brasil parece estar navegando rumo à destruição devido à má liderança e decisões equivocadas.
O Brasil é comparado ao Titanic, que bateu num iceberg no momento em que foi descoberto e, desde então, tem naufragado lentamente. O número de vítimas desse naufrágio é incalculável, mas, assim como no Titanic, as vítimas fatais são as que estão na “terceira classe”, a população mais vulnerável, que sofre as consequências das decisões erradas e da má gestão.
Enquanto o Titanic afundava, o conjunto de músicos tocava “Nearer my God to Thee”, uma música de lamento. No Brasil, enquanto o país afunda lentamente, a música que mais se ouve é o funk, que, para muitos, simboliza uma cultura de superficialidade e distração. O contraste entre os dois cenários é um reflexo de um país que parece ter perdido o rumo, sendo conduzido por erros históricos de liderança.
No fundo, talvez seja o destino. Mas tudo parece fazer sentido. O Brasil, assim como o Titanic, está sendo guiado por governantes que tomam decisões erradas, como os comandantes do navio. Esses erros justificam o lamentável estado da nossa sociedade e a disparidade entre as classes, que continuam a sofrer as consequências da falta de rumo e da má gestão.