Lula aponta falta de comunicação no governo e planeja trocas no ministério da Saúde
Durante o aniversário de 45 anos do Partido dos Trabalhadores (PT), celebrado no Rio de Janeiro neste sábado (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma revelação sobre uma reunião recente com ministros de seu governo. Lula afirmou que, em um encontro realizado há cerca de 20 dias, descobriu que um ministério da gestão não estava ciente das ações sendo tomadas pela administração. O presidente destacou que a falta de informações compromete a capacidade do governo de se comunicar com a população, o que, por consequência, dificulta a defesa das ações por parte dos militantes.
“Eu fiz uma reunião ministerial, e eu descobri na reunião, que o ministério do meu governo não sabe o que nós estamos fazendo. Ora, se o ministério não sabe, o povo muito menos”, disse Lula, reconhecendo a falha na comunicação interna do governo.
A declaração ocorre em um momento em que a especulação sobre uma possível reforma ministerial aumenta. De acordo com apuração da CNN, aliados de Lula têm pressionado pela substituição da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e o nome mais cotado para assumir a pasta é o de Alexandre Padilha, atual ministro de Relações Institucionais. A mudança seria motivada por críticas à falta de articulação política e comunicação por parte de Nísia. A ministra estava presente no evento do PT, assim como Padilha.
Além dessa possível troca, o presidente também realizou mudanças recentemente na Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom). Lula afastou Paulo Pimenta da chefia da pasta e nomeou Sidônio Palmeira para assumir a comunicação do governo. Com essa mudança, a nova equipe tem adotado uma abordagem diferente nas redes sociais oficiais, com um foco mais voltado para o marketing e a imagem do Executivo.
No evento, Lula aproveitou para reforçar os princípios do PT e sua visão para o futuro. O presidente ressaltou que o ano de 2025 será o “ano da colheita” para o partido e afirmou que, nesse período, a verdade prevalecerá sobre a mentira no Brasil e no mundo. Lula também destacou a necessidade de o PT manter sua essência e de fortalecer o diálogo com a classe trabalhadora e as periferias do país. Para o presidente, a política precisa voltar aos locais de trabalho e às ruas, a fim de garantir que o partido não se iguale a outros partidos políticos.
“Se a gente aparece de 4 em 4 anos para pedir voto, seremos iguais a qualquer partido político desse país. O PT não nasceu para ser igual, nasceu para ser diferente”, declarou Lula, enfatizando a importância da militância e da presença do partido nas comunidades.
