Política

PT desiste de urnas eletrônicas e eleição interna terá voto impresso

O Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu realizar sua eleição interna com cédulas de papel, após não conseguir o empréstimo das urnas eletrônicas junto à Justiça Eleitoral em todo o país. A votação está marcada para 6 de julho e definirá a nova presidência da legenda, além das direções estaduais e municipais.

A decisão foi tomada pela Comissão Executiva Nacional do partido na quarta-feira (21), após tentativas frustradas de obter os equipamentos.

Falta de apoio dos TREs inviabilizou uso das urnas

Em março, dirigentes do PT solicitaram formalmente as urnas à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia. No entanto, a ministra informou que a decisão caberia aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).

Dos 27 estados, apenas 16 autorizaram o empréstimo. Outros 4 negaramAlagoas, Minas Gerais, Espírito Santo e Pernambuco —, enquanto 7 ainda estavam em negociação: Roraima, Santa Catarina, Piauí, São Paulo, Paraná, Tocantins e Acre.

Segundo os TREs, os motivos para a negativa incluem questões logísticas e preocupações com segurança.

Uniformização do processo

Para evitar diferentes métodos de votação entre os estados, o partido optou por realizar o PED 2025 (Processo de Eleição Direta) de forma totalmente manual.

“Como a Justiça Eleitoral não teve condições de disponibilizar as urnas eletrônicas para a realização do PED em todos os municípios do Brasil, decidimos manter nosso PED com voto em cédula”, declarou o secretário-geral do PT, Henrique Fontana (PT-RS), ao site Poder360.

As cédulas serão confeccionadas pelo próprio partido e a apuração dos votos será feita manualmente. Estão aptos a votar todos os filiados cadastrados até 28 de fevereiro de 2025.

Candidatos à presidência do partido

O nome mais cotado para assumir a presidência é Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP), apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela corrente majoritária CNB (Construindo um Novo Brasil).

Também disputam o cargo:

  • Rui Falcão – deputado federal por São Paulo
  • Romênio Pereira – secretário de Relações Internacionais do PT
  • Valter Pomar – dirigente nacional do PT
  • Dani Nunes – suplente de vereadora no Rio de Janeiro

O primeiro turno da votação ocorrerá em 6 de julho, e o segundo turno, se necessário, está previsto para o dia 20. O novo presidente tomará posse durante o Encontro Nacional do PT, no início de agosto.

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