
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no último domingo (3) que pretende avaliar a possibilidade de distribuir parte da arrecadação gerada pelas tarifas comerciais a cidadãos norte-americanos de renda média e baixa. A declaração foi feita a jornalistas antes do embarque no Air Force One, após deixar um clube de golfe em Nova Jersey.
“Pode haver uma distribuição ou um dividendo para o povo de nosso país, eu diria que para as pessoas de renda média e baixa, poderíamos fazer um dividendo”, disse o presidente.
A fala acontece às vésperas de uma nova etapa do chamado tarifaço, medida que amplia as tarifas sobre importações de diversos países. A ordem executiva assinada por Trump na semana passada estabelece alíquotas entre 10% e 41%, com início previsto para esta quarta-feira, 7 de agosto.
Brasil é o mais afetado
Mesmo com a ampliação das tarifas a outras nações, o Brasil permanece como o país mais taxado, com alíquota de 50% em produtos selecionados, conforme anunciado anteriormente pela Casa Branca.
Outros países afetados incluem:
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Síria: 41%
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Laos e Mianmar (Birmânia): 40%
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Reino Unido e Ilhas Malvinas: 10% (as menores tarifas da lista)
Segundo o governo norte-americano, a decisão de aplicar a tarifa máxima ao Brasil responde a ações que, segundo os EUA, configuram uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia”.
A Casa Branca também citou impactos negativos a empresas americanas e à liberdade de expressão, além de prejuízos comerciais decorrentes de medidas adotadas pelo governo brasileiro.
A nova fase do tarifaço amplia tensões comerciais entre os dois países e deve ter reflexos nas exportações brasileiras, especialmente em setores como siderurgia, agronegócio e produtos industrializados.