
A cidade de Toyoake, no Japão, propôs uma medida para limitar o uso de celulares por crianças e adolescentes a duas horas por dia. A recomendação inclui restrições durante o horário escolar e também após as 21h para os mais novos e 22h para os demais. A proposta foi apresentada na sexta-feira (22) e será debatida na próxima semana.
Diretriz preventiva, sem punições
A medida, anunciada por meio de uma portaria, não é obrigatória nem prevê sanções, mas busca conscientizar as famílias sobre o uso excessivo de dispositivos eletrônicos. O prefeito Masafumi Koki justificou a proposta com base em problemas de saúde física e mental, incluindo distúrbios do sono.
Apesar da natureza não coercitiva, a sugestão gerou reações nas redes sociais. Parte do público considerou a proposta “irrealista”. Diante das críticas, o prefeito esclareceu que a diretriz não ignora a importância dos aparelhos:
“Os smartphones são úteis e indispensáveis na vida diária. O limite de duas horas é apenas uma orientação”, afirmou.
Outras tentativas de controle
O Japão já possui histórico de tentativas semelhantes. Em 2020, a província de Kagawa aprovou regras que limitavam o uso de videogames a uma hora por dia durante a semana, além de impor limites para uso de celulares após as 21h, variando conforme a idade.
Segundo levantamento divulgado em março pela Agência para Crianças e Famílias, adolescentes japoneses passam, em média, mais de cinco horas por dia conectados durante a semana.