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Projeto autoriza venda de medicamentos em supermercados com espaço exclusivo e farmacêutico

Aprovado em comissão, o texto segue à Câmara e permite venda de remédios, inclusive controlados, desde que respeitadas normas sanitárias e fiscalização

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou nesta quarta-feira (17) uma proposta que autoriza a venda de medicamentos, inclusive controlados, em supermercados, desde que com ambiente exclusivo e presença de farmacêutico. A proposta segue agora para a Câmara dos Deputados, e dependerá de sanção presidencial para virar lei.

Regras estabelecidas pelo projeto

O texto aprovado permite que supermercados comercializem medicamentos controlados e de venda livre, sob as seguintes condições:

  • Ambiente separado e exclusivo, com controle sanitário adequado.

  • Presença física de farmacêutico em tempo integral.

  • Vedação à exposição dos remédios em gôndolas comuns ou locais junto a outros produtos.

  • A farmácia pode ser própria do supermercado ou operada por drogaria licenciada.

Votação e trâmite legislativo

A proposta foi aprovada em dois turnos na comissão:

  • No primeiro turno, houve 13 votos favoráveis e nenhum contrário.

  • O segundo turno foi simbólico.
    O texto seguirá agora à Câmara dos Deputados, salvo recurso ao plenário do Senado, e só terá validade após sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Histórico e justificativas

  • O setor supermercadista defende há tempo a possibilidade, considerada essencial para ampliar o acesso à população, abaratar custos e modernizar o varejo.

  • O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também apoia a proposta, destacando seu potencial para melhorar o acesso ao medicamento.

  • Restrições anteriores vieram em parte por decisão do STJ em 2004, que manteve proibição anterior.

Alterações e reações de setores

Para conter as críticas da indústria farmacêutica, o relator Humberto Costa (PT-PE) incluiu modificações importantes:

  • Restringiu o uso apenas a espaços reservados, diferentemente da versão original, que permitia integração com outras mercadorias.

  • Incluiu exigência de presença de farmacêutico.

  • Ampliou o alcance dos remédios permitidos, antes limitados aos de venda livre, agora incluindo os controlados — esses só podem ser liberados após o pagamento, e embalados em invólucro inviolável, se o caixa não estiver dentro da área farmacêutica.

Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), representada por Fábio Basílio, classificou as alterações como “bem melhores que o texto original”.

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