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Cassação

A vereadora de Encantado, Joanete Cardoso, recentemente tirou um peso de suas costas que carregava por conta de uma ação do Ministério Público Eleitoral da comarca que pedia sua cassação. Na época, logo após a diplomação, o Ministério Público Eleitoral da comarca pediu a cassação por encontrar incongruência na prestação de contas da candidata nos gastos de combustível. A Justiça Eleitoral daqui julgou improcedente a ação. O MPE recorreu da decisão e há poucos dias o Tribunal Regional Eleitoral votou por unanimidade negando o provimento do recurso, desta forma mantendo a decisão de primeira instância, encerrando de vez o processo.

Desagravo

A vereadora Joanete Cardoso usou a tribuna na sessão desta semana da Câmara de Encantado e desabafou: “O que me deixou muito triste naquela oportunidade, só quem passou sabe, o final de ano que minha família passou comigo, estampado nas capas de jornais por uma inocente, eu tinha certeza, eu não tinha feito nada de errado, o meu respeito ao meu eleitor e minha comunidade é enorme e sempre foi”. Na sequência, a vereadora foi mais incisiva e revelou que existiam ‘pessoas’ que comemoravam e faziam contas: “Além de ter estragado o final de ano da minha família, nesse momento é só a família que acredita, o resto a gente precisa provar que não fez, era muita gente feliz com isso, fazendo contas quem entraria no meu lugar, já contando que eu seria cassada e isso me deixou muito triste, a política tem isso e isso tem que acabar”.

Sugestivo

O vereador Valdecir Gonzatti, também na tribuna, afirmou que foi feita justiça com relação ao processo de cassação de Joanete Cardoso e, de forma subliminar, emendou: “E eu acho que é motivo de comemorar com um champanhe”.

Dúvida

Se a mensagem do Gonzatinho carregava uma sutil sugestividade, só sendo possível subentender nas entrelinhas, por associação, o vereador Diego Pretto, que subiu à tribuna na sequência, foi mais sarcástico, em tom pueril, tipo coleguinhas no ginasial, que possivelmente sabendo de algo revelaria aos demais, só fez aumentar o mistério: “Hoje teve de tudo, inclusive convite para tomar champanhe, eu notei aí a vibe, não adianta fugir Valdecir… risos… pessoal que tá ligado entendeu né”. Se esta coluna tivesse um viés de cobertura das celebridades e vidas de famosos, tipo “Caras” ou “Contigo”, possivelmente estaríamos mais atentos aos acontecimentos indicados pelo vereador Diego. Fica a dúvida: o que será que ele sabe e a gente não?

Corsan

Entrevistei nesta semana no Podcast Sem Roteiro o gerente institucional André Finamor e o analista de responsabilidade social Cleiton Machado, da Corsan/Aegea. Na oportunidade, Finamor destacou o trabalho realizado pela empresa para melhorar o sistema de abastecimento de água em Encantado, que vinha apresentando seguidos problemas, ocasionando falta de água em grande parte dos bairros. Também explicou como será feito o trabalho de implantação do sistema de coleta e tratamento do esgotamento sanitário. Cleiton Machado informou sobre o trabalho de relacionamento social com os moradores, diminuindo distâncias, conversando com a população para resolver problemas. Está nas redes sociais do jornal Força do Vale.

Custo

O engenheiro da Corsan/Aegea, André Finamor, informou que, depois de instalado o sistema de esgoto nas ruas de Encantado, também será deixada uma ‘espera’ na calçada e o trabalho de conectar ao sistema é do morador. Importante dizer que a ligação é obrigatória e será cobrado um percentual sobre a água consumida. Segundo cálculos feitos pelo engenheiro, em um exemplo demonstrado na entrevista, se o consumidor tiver um consumo de R$ 100, pagará mais R$ 45 de esgoto. Neste exercício, o morador pagará uma conta mensal de R$ 145.

PA+

A administração informou na semana passada que serão encerradas as atividades do PA+, unidade de atendimento que funcionava de forma complementar ao Hospital Santa Terezinha. O assunto reverberou na Câmara de Vereadores com críticas, preocupações e explicações.

Função

De fato, o PA+ foi uma solução emergencial e necessária quando casos de dengue e pandemia sobrecarregavam o sistema de saúde de Encantado. O custo mensal para o município girava em torno de R$ 300 mil, chegando a R$ 350 mil, para manutenção deste serviço.

Avaliação

Como foi dito antes, o PA+ foi útil para consultas e prescrição de receita. No local não havia farmácia do município e também não eram realizados procedimentos. Com as reformas do Pronto Socorro do HBST e ampliação nos horários de alguns dos postos de saúde, tenho a impressão de que dará conta da demanda. Esse recurso significativo, investido para manter o atendimento no PA+, poderá ser realocado para ampliar os postos de saúde, que são nossos.

Roca

O prefeito de Roca Sales, Mazinho, participou da sessão desta semana da Câmara de Vereadores, onde usou a tribuna, a convite da presidência da Casa, e expôs um descontentamento sobre ‘paternidades’ de obras que estavam em andamento no município. Como exemplo, usou a pavimentação da ERS-129, ligando Roca Sales a Colinas. Disse que a obra é de grande necessidade para todos e que, se alguém tem méritos, é a população do município.

Explicou

Conversei com o prefeito nesta semana sobre essa posição, até para entender melhor sua indignação demonstrada durante a sessão legislativa. Conforme o prefeito Mazinho, pessoas de administrações anteriores que até encaminharam projetos, “porém deixaram o município oito meses no Cadin e nós tivemos que tirar o município do Cadin para assinar convênios que estão saindo agora”, estariam postando vídeos nas redes sociais dizendo que são obras da antiga administração. Para entender: municípios com pendências no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal ficam impedidos de assinar convênios e receber novas transferências voluntárias de recursos. Trocando em miúdos, seria dizer que municípios que estão em dívidas com a União, por exemplo, não recebem novos recursos. Segundo o prefeito Mazinho, “isso me chateia porque contratamos pessoas competentes, assessorias que estão ajudando muito para deixar Roca Sales fora, digamos assim, do SPC”. Sobre as obras da ERS-129, “é uma luta de décadas e o povo é o merecedor de uma obra dessas”. O prefeito afirma que o município está se reerguendo e a população está confiante. Outro exemplo citado pelo prefeito é uma obra do Pavimenta que foi feita em frente à Câmara de Vereadores. Tratava-se de um convênio assinado em 2022 e não teria sido executado por falta de recursos para a contrapartida. Com muito zelo e boa gestão do dinheiro público, “a gente conseguiu estender até a JBS”.

Frase

“A discórdia almoça com a abundância, janta com a pobreza, ceia com a miséria e dorme com a morte.” — Benjamim Franklin.

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