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Gustavo Feliciano assume Ministério do Turismo após saída de Sabino

Paraibano foi indicado por ala governista do União Brasil e é próximo do presidente da Câmara, Hugo Motta

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva empossou nesta terça-feira (23) o novo ministro do Turismo, Gustavo Feliciano, em substituição a Celso Sabino, que perdeu apoio da cúpula do União Brasil e foi desligado do cargo. A nomeação foi articulada por uma ala governista da legenda na Câmara dos Deputados, com aval do presidente da Casa, Hugo Motta.

Troca de comando no Turismo

A mudança ocorre após semanas de pressão interna no União Brasil, partido que havia indicado Celso Sabino ao cargo em 2023. Com o rompimento oficial da sigla com o governo federal, Sabino desobedeceu a ordem partidária e acabou expulso da legenda.

A substituição foi conduzida por uma ala aliada ao Planalto, que busca manter espaço no governo em troca de apoio em votações e articulações para 2026.

Perfil do novo ministro

Gustavo Feliciano é paraibano e tem passagem como secretário de Turismo da Paraíba entre 2019 e 2021. É filho do deputado federal Damião Feliciano (União-PB) e da ex-vice-governadora Lígia Feliciano.

Sua nomeação contou com apoio direto do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que esteve presente na cerimônia de posse realizada no Palácio do Planalto.

“Conheço o Gustavo e penso que ele vai ajudar o governo na interlocução com o partido. O presidente foi feliz na escolha”, disse Motta.

Feliciano agradeceu o apoio das lideranças e defendeu um turismo mais acessível.

“Quanto mais turismo, mais emprego, mais renda. O turismo tem que ser de todos”, declarou o novo ministro.

Contexto político da indicação

Embora não esteja atualmente filiado a nenhum partido, Feliciano foi indicado por uma fatia governista do União Brasil. A articulação também é vista como tentativa de aproximação entre o presidente da Câmara e o Planalto, mirando as eleições de 2026.

Hugo Motta deseja lançar o pai, Nabor Wanderley, ao Senado e busca fortalecer sua base junto ao governo federal.

Participaram da posse representantes de partidos como PP, PSD e União Brasil, além do governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB).

Saída de Celso Sabino

Sabino deixou o cargo após perder apoio político dentro do próprio partido. Ele estava à frente do ministério desde agosto de 2023 e pretendia usar a visibilidade do cargo para disputar uma vaga ao Senado pelo Pará.

“Tenho orgulho de ter honrado meu estado com ações importantes. Destaco a COP30, que no início era desacreditada e se tornou um sucesso”, afirmou em discurso de despedida.

A Conferência do Clima das Nações Unidas, realizada em novembro, em Belém (PA), foi um dos projetos centrais da gestão Sabino, que se recusou a deixar o ministério mesmo após a ruptura do União Brasil com o governo Lula.

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