Coluna da Mari

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No domingo, comemora-se o Dia das Mães, para mim, a data mais importante do ano. Afinal, mãe é o ser mais maravilhoso que existe. Não sou mãe ainda, mas posso afirmar que o amor mais sincero que teremos na vida será o delas. E como diriam os “mais antigos”: “O amor de mãe é o mais próximo do amor de Deus”, e é a mais pura verdade.

Lembrando dessa data tão especial, também lembrei da jovem mãe de 33 anos que faleceu há pouco menos de um mês em virtude da dengue. Não quero polemizar, muito menos encontrar culpados para essa fatalidade, apenas chamar a atenção para o tema.

A primeira vez que ouvi falar sobre o vírus da dengue foi em 1998, quando ainda estava no Ensino Fundamental. Na época, cartilhas de cuidados sobre a dengue foram distribuídas em toda a rede escolar e residências pelo país inteiro. Forças-tarefa de combate ao mosquito também foram montadas. Locais públicos e privados de uso comum foram obrigados a manter uma série de cuidados. Lembro bem de ver cartazes em cemitérios que pediam para que água em vasos de flores fossem substituídos por areia para evitar a proliferação de mosquitos. Nessa época, também surgiu “uma lenda” que se espalhou pela cidade e região, alegando que colocando garrafas pet com água em cima dos contadores de luz, diminuiria o consumo de energia elétrica, e muita gente aderiu, inclusive a minha avó. Também lembro de receber a visita de um agente da prefeitura que orientou a retirada dos mesmos, falou sobre o perigo de deixar água parada em casa, entre outros cuidados que deveríamos ter para evitar que essa doença tão temida chegasse até nós. Orientações essas que nunca mais esqueci.

De lá para cá, todos os anos, com a proximidade do verão, campanhas de combate ao mosquito são realizadas em todo o país. Os cuidados de prevenção são conhecidos por todos nós há muito tempo. Mas, por se tratar de uma doença que aparentemente existia apenas no outro lado do país, acredito que muita gente simplesmente ignorou e não acreditou que um dia o vírus chegaria até nós. Mas, infelizmente, ele está aí, e nos livrarmos dele será quase impossível.

Para os “revolucionários alecrins dourados de plantão”, a culpa da epidemia que tomou conta de nossa cidade e o caos que se tornou o sistema de saúde é, obviamente, apenas do Poder Público. Os focos do mosquito da dengue encontrados em diversas residências ao longo da cidade também.
O que vale lembrar é que de nada adianta o Poder Público investir na contratação de agentes de saúde, de endemias, em mais médicos para atender a população, se cada um de nós não fizer a nossa parte, se não nos conscientizarmos que a dengue mata.

Não é obrigação do poder público limpar a sua caixa d’água, não é dever do poder público manter o seu terreno baldio limpo, não é dever do poder público cuidar da sua piscina, não é dever do poder público manter a sua casa limpa. O dever do Poder Público é orientar, fiscalizar e buscar estratégias para a erradicação do mosquito. Mas é nosso dever ajudar a impedir que o mosquito se prolifere, de uma forma simples e prática, cuidando do ambiente em que vivemos.

Segundo informações extraoficiais, mais óbitos foram ocasionados pela dengue em nosso município e tenho a certeza de que outros ocorrerão se não unirmos forças para combater esse mosquito.

Já chega de procurar culpados. É hora de todos fazermos a nossa parte. Com a chegada do inverno, os mosquitos tendem a desaparecer, mas logo voltam, assim como o verão e os tão esperados dias de calor. O combate ao mosquito deve ser constante e e isso é a garantia de menos infectados e consequentemente menos perdas.

Agro Dália

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