#ColunaDaMari | Encontro

Encontro
Inicio a Coluna de hoje parabenizando a Gaita Produtora pelo excelente evento. Foram dias muito agradáveis, em que celebramos não apenas a cultura gaúcha, mas também a amizade. A reformulação do espaço onde acontece o Encontro superou minhas expectativas. O Encontro Nacional de Chula, organizado em parceria com nossa estrela mirim, o “Davi Chuleador”, engrandeceu ainda mais a programação, que tem tudo para crescer a cada edição. Muito se comenta sobre a necessidade de investir em grandes shows, mas, pelo que acompanhei, independentemente da fama, todos os grupos que se apresentaram fizeram o público dançar e se divertir. Vida longa ao Encontro Farroupilha!
Festival de mentiras
Na era digital, a velocidade da circulação de informações cresceu exponencialmente. Infelizmente, tornou-se mais difícil para a população distinguir o que é verdadeiro do que é falso. A gravidade do tema fez com que leis fossem criadas e aprimoradas para conter e punir quem propaga inverdades, que podem atingir qualquer pessoa a qualquer momento. Hoje, juridicamente, as fake news, as fofocas e as mentiras convencionais são diferenciadas por conceitos e possuem enquadramentos próprios.
Fake News
São notícias deliberadamente falsas, divulgadas com aparência de veracidade jornalística, geralmente destinadas a alcançar grande público e causar repercussão. Seu objetivo principal é manipular a opinião pública ou gerar confusão social. Normalmente circulam em redes sociais e aplicativos de mensagens, podendo afetar eleições, reputações e até a saúde coletiva — como vimos nos casos de desinformação sobre vacinas.
Mentira Convencional
Trata-se de uma inverdade contada em contexto pessoal ou restrito, sem se apresentar como notícia e com alcance limitado. Pode variar desde a chamada “mentirinha santa”, usada para evitar desconfortos, até situações mais graves, como induzir alguém ao erro em negociações. Apesar de ocorrer em nível interpessoal, pode gerar responsabilidades jurídicas e comprometer vínculos de confiança.
Fofoca
A fofoca — tão comum em Encantado, especialmente em alguns bares — é um rumor ou boato sobre a vida de terceiros, muitas vezes ligado a questões pessoais ou políticas. Em geral, busca apenas entreter grupos ou satisfazer a curiosidade, mas, quando envolve figuras públicas, pode se espalhar rapidamente e ter grande impacto. Afeta, sobretudo, a reputação individual, podendo ganhar proporções maiores conforme a relevância do alvo.
Fofocas da semana
Nesta semana, fui bombardeada por diversas “fofocas” mal-intencionadas: desde supostas trocas de secretários municipais até a alegação de milhões em recursos destinados a duas empresas de eventos do município. Antes de ajudar a espalhar, usei do meu tino jornalístico — dom que agradeço todos os dias a Deus — e fui atrás da verdade. Fiz o que, infelizmente, 99% das pessoas não fazem: conferir os fatos. Revirei o portal da transparência e não encontrei qualquer empenho nos valores citados, nem destinados às tais empresas. Ou seja, tudo não passa de mentira.
Alerta
Não escrevo para defender A ou B, mas para alertar sobre pessoas mal-intencionadas que usam “fofocas e notícias falsas” como arma para prejudicar outros sem medir consequências. O povo anda cada vez mais preguiçoso e prefere acreditar no que escuta ou no que convém, sem se dar ao trabalho de checar os fatos. Assim, mancha-se a imagem de pessoas e empresas idôneas ao bel-prazer, sem pensar no impacto causado. Vivemos em uma cidade pequena, onde todos se conhecem. Pergunto: o que alguém ganha ao espalhar inverdades? Prestígio dentro da sua bolha? E se fosse com a sua empresa ou com você? É hora de colocar a mão na consciência. Hoje já existe jurisprudência até para punir quem faz fofoca.