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Vergonha: o que me mostras?!

Para minha surpresa, no final de semana recebi dois convites para falar sobre a VERGONHA, convites estes que felizmente me fizeram refletir sobre este sentimento. A vergonha, presente na vida de todos, pode nos afastar de sermos quem realmente somos em nossa essência ou, se atentos, pode nos levar a caminhos de libertação…

Afinal, quem nunca?!!! Quem nunca deixou de falar, fazer, ou participar de algo tomado por um sentimento de vergonha? Se paralisarmos diante de tal emoção, sem entender o porquê, nos limitaremos a um aprisionamento doloroso de algo desconhecido que pode, na maioria das vezes acontecer de levar a frustrações maiores, mas, uma vez atentos e conscientes, podemos nos questionar a respeito das reais motivações por trás deste sentimento, e assim entender de maneira prática e fácil, um pouco mais sobre nosso agir.

A vergonha é uma emoção social muito comum, que pode ser saudável, quando na medida que tomo consciência de algo e me sinto envergonhada, consigo mudar meu comportamento, ou, pode ser prejudicial quando por vergonha vamos nos afastando de nós mesmos, do que verdadeiramente queremos em nossa vida, do que acreditamos, limitando inclusive nossas ações, chegando até ao ponto de nos tornarmos ´invisíveis´, principalmente para não sermos alvo de críticas perante as pessoas a quem mais temos vínculos ou que gostaríamos de ter.

Então, a vergonha como sentimento é o sentir-se pequeno, acompanhado do medo de romper vínculos. Sentimos vergonha porque na maioria das vezes valorizarmos um ideal e nos achamos menores do que este ideal, muito subjetivo, e nos comparamos, de forma a nos inferiorizar em relação a ele, como por exemplo… A vergonha de falar em público, sentimento muito comum, remete a ideia de que a pessoa valoriza a comunicação, tendo um ideal pré estabelecido de como deveria se comunicar, geralmente seguido de diversas comparações. Por isso a importância de entendermos nossos ideais, de onde eles vêm, de nos conhecermos profundamente, podendo ai sim, a vergonha também ser instrumento de autoconhecimento ao analisarmos o que pode nos dizer, pois ela fala muito sobre nossas qualidades e limitações até mais inconscientes.

Todos dispomos de qualidades únicas e ao reconhecer nossas vulnerabilidades e evitar comparações irreais, nos fortalecemos enquanto indivíduos; é um processo que nos tira muitas vezes da nossa zona de conforto, mas aos poucos vamos nos experimentando nesta maravilhosa experiência de sermos humanos, sermos singulares, sermos particulares, e ainda assim sermos imperfeitos e complementares.

Agro Dália

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