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Desde 1999, a ONU instituiu o dia 25 de novembro como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres. O objetivo é conscientizar sobre a violência de gênero e promover ações globais de prevenção, mobilizando governos, organizações e a sociedade para combater a violência contra mulheres e meninas. Este dia é dedicado a combater todas as formas de violência — física, psicológica, sexual, patrimonial e institucional.

A data é um chamado à ação. A violência doméstica é uma realidade que transcende classes sociais, culturas e fronteiras, exigindo o comprometimento de todos para transformar essa realidade. Os números são alarmantes: no Brasil, uma mulher é vítima de feminicídio a cada 6 horas, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Em 2023, mais de 230 mil casos de violência doméstica foram registrados, e estima-se que apenas 40% das vítimas denunciem seus agressores, o que agrava ainda mais o cenário.

Felizmente, avanços importantes têm sido feitos. A Lei Maria da Penha (2006) é um marco na proteção das mulheres vítimas de violência, e a Lei do Feminicídio (2015) tornou mais severas as penalidades para crimes motivados por gênero. Contudo, leis sozinhas não são suficientes. É preciso um esforço contínuo em diversas frentes, como centros de acolhimento, delegacias especializadas, redes de apoio e políticas públicas consistentes para garantir a proteção e a reconstrução das vidas das mulheres.

A prevenção é a chave para romper o ciclo da violência. Isso passa pela educação, tanto em escolas quanto em comunidades, para desconstruir padrões culturais que perpetuam o machismo e a desigualdade de gênero. A educação é o ponto de partida. Combater a violência começa com a desconstrução de padrões culturais que normalizam comportamentos abusivos e desigualdades.

A educação deve incluir o tema da violência de gênero nos currículos escolares, ajudando crianças e adolescentes a entenderem valores como respeito, empatia e igualdade. É também fundamental educar sobre relacionamentos saudáveis e capacitar educadores para identificar sinais de violência nos alunos, orientando as famílias sobre como lidar com essas questões. Criar espaços de diálogo nas escolas e nas comunidades também é uma forma eficaz de sensibilizar a população e incentivar a denúncia.

O 25 de novembro é mais do que uma data; é um compromisso coletivo. Cada um de nós tem um papel nesse processo de mudança. Como disse Maria da Penha: “A melhor coisa que um pai pode fazer por seus filhos é respeitar a mãe deles, quando amá-la já não for mais possível.”

Agro Dália

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