ColunasPágina Três

#PaginaTrês | “A Revolução dos Bichos” completa 80 anos: dez lições que não podemos esquecer

Publicada em 17 de agosto de 1945, em pleno pós-guerra e às vésperas da Guerra Fria, A Revolução dos Bichos completa 80 anos como um espelho incômodo para qualquer país em que a promessa de igualdade escorrega para a concentração de poder. A fábula de George Orwell nasceu como uma crítica à Revolução Russa e ao stalinismo, mas sua força está na descrição de mecanismos universais: começam discretos, vestem a legalidade como verniz, reescrevem palavras e memórias, fabricam inimigos úteis e trocam princípios por lealdades pessoais — até que já não se distingam governantes de guardiões, porcos de humanos.

  1. A revolução contém as sementes de sua própria corrupção: Os animais derrubam seu fazendeiro humano, Sr. Jones, para criar uma sociedade igualitária, mas os porcos que lideraram a rebelião gradualmente adotam todos os vícios humanos. Eles dormem em camas, bebem álcool, andam sobre duas pernas… até a cena final, quando os animais, olhando pela janela, já não conseguem distinguir entre os porcos e os humanos num jantar.

  2. O poder corrompe gradativamente por meio de pequenos compromissos: Após a revolução, os porcos justificam manter o leite de vaca e as maçãs como “alimento cerebral” necessário para a liderança. Essa primeira pequena desigualdade estabelece um precedente que se agrava gradualmente até execuções em massa e a transformação do porco Napoleão em um ditador absoluto.

  3. A linguagem se torna uma arma para controlar a própria realidade: Squealer, porta-voz dos porcos, muda secretamente os mandamentos escritos da fazenda à noite, a mando de Napoleão. “Nenhum animal deve beber álcool” vira “Nenhum animal deve beber álcool em excesso”. Isso culmina na contradição absurda: “Todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais que outros”.

  4. A ignorância é fabricada para permitir a opressão: O porco Napoleão cria filhotes isolados para se tornarem seus ferozes cães de guarda, enquanto desestimula que os demais aprendam a ler, mantendo a maioria incapaz de conferir os mandamentos alterados.

  5. A memória histórica pode ser apagada e reescrita: Bola de Neve, um porco que heroicamente liderou os animais em batalha e projetou o moinho de vento, é posteriormente retratado por Napoleão como um traidor “aliado a Jones desde o início”. O hino revolucionário Bestas da Inglaterra também é banido e substituído por canções de louvor a Napoleão.

  6. A propaganda é mais poderosa que a força física: O porco Squealer ameaça constantemente que “Jones voltará” se os animais não obedecerem, enquanto apresenta estatísticas falsas mostrando o aumento da produção de alimentos mesmo com os animais morrendo de fome. Eles acreditam que seu sofrimento serve ao bem maior.

  7. A utilização de bodes expiatórios permite a manipulação política: Quando o moinho de vento desaba durante uma tempestade, Napoleão culpa o porco exilado Bola-de-Neve pela sabotagem. Depois disso, tudo, desde ovos perdidos até ferramentas quebradas, é atribuído a Bola-de-Neve, desviando a atenção dos fracassos de Napoleão.

  8. O medo e a violência remodelam a própria consciência: Napoleão usa seus cães de ataque treinados para forçar animais a confessar falsamente que conspiraram com o exilado Bola de Neve e, em seguida, executa-os publicamente, criando tanto terror que até mesmo questionar ordens se torna impensável.

  9. O culto à personalidade substitui os princípios: À medida que o poder se consolida, símbolos coletivos dão lugar a hinos e retratos do líder. A lealdade deixa de ser às regras e passa a ser a uma figura; o debate vira adulação, e quem não a repete é tratado como inimigo.

  10. A lealdade da classe trabalhadora se torna sua exploração: Boxer, o cavalo de carroça trabalhador cujos lemas são “Trabalharei mais duro” e “Napoleão está sempre certo”, desmorona devido ao excesso de trabalho. Em vez de se aposentar, Napoleão o vende para uma fábrica de cola por dinheiro de uísque, enquanto conta aos animais que morreu em um hospital.

Oitenta anos depois, as dez lições acima talvez soem familiares demais.

Café da Liga Feminina de Combate ao Câncer reúne 500 mulheres e arrecada R$ 15 mil

No último sábado (16), o Salão Paroquial recebeu o tradicional Café Colonial da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Encantado. Cerca de 500 pessoas transformaram a tarde em encontro de confraternização e apoio à causa. O momento mais comovente foi o desfile das “Ligadinhas”, aplaudido por famílias e público. O evento arrecadou R$ 15.055,00, valor destinado às ações da entidade. À equipe de voluntárias e a todos que colaboraram com doações, o agradecimento da Liga — e o registro de que a comunidade faz a diferença quando caminha junto.

Prefeito de Muçum vence prêmio TOYP 2025 e entra na lista dos jovens mais influentes do Brasil

O prefeito de Muçum, Mateus Giovanoni Trojan, entrou para a lista dos dez jovens mais influentes do Brasil ao vencer o TOYP 2025, da JCI Brasil, na categoria Assuntos Políticos, Legais e Governamentais — distinção destinada a lideranças de até 40 anos com impacto comprovado no setor público. Único nome do Vale do Taquari entre os premiados, Trojan leva junto o município e a região para o centro das atenções. A conquista o credencia à etapa internacional da premiação, ao lado de outros nove brasileiros reconhecidos em áreas como saúde, ciência, direitos humanos e empreendedorismo. Criado em 1983, o TOYP já homenageou personalidades como John F. Kennedy, Jackie Chan e Elvis Presley; a fase global ocorre ainda neste ano. Ao Força do Vale, Trojan tratou o prêmio como reconhecimento coletivo: “É uma honra não só para mim, mas para toda a região”. Ele agradeceu à JCI Arvorezinha, pela indicação, a Deus e aos apoiadores. A seleção é feita por comitê independente, considerando relevância das ações, transformação comunitária e resultados mensuráveis — critérios que ajudam a explicar por que Muçum ganhou, desta vez, projeção nacional.

Boulevard e Lídio Carraro reúnem música e vinhos em noite imersiva no Multiverso

O Boulevard Encantado promove neste sábado, 23, a partir das 19h, a estreia do Wine & Music Sessions, novo projeto que une música e degustação de vinhos em ambiente temático. A iniciativa é realizada em parceria com a vinícola Lídio Carraro e acontecerá no espaço Multiverso Experience, com edições periódicas. A primeira noite do evento será marcada por um tributo à cantora Amy Winehouse, interpretado pela artista Kelly Carvalho e banda. Entre as opções de ingresso, destaca-se o Wine Flow, que oferece degustação ilimitada de seis rótulos da vinícola: Chardonnay, Rosé, Merlot, Cabernet Sauvignon, Brut e Moscatel. Reconhecida internacionalmente pela produção de vinhos com mínima intervenção e foco na expressão natural da uva, a Lídio Carraro já representou o Brasil em eventos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016. A marca mantém loja exclusiva no Boulevard desde a inauguração do complexo, em 2024. Os ingressos podem ser adquiridos no site lumepass.com.br. Há opção de ingresso solidário mediante doação de alimento não perecível.

Publicidade

Deixe uma resposta

Verifique também
Fechar
Botão Voltar ao topo
Fale conosco!