#RaquelCadore | 20 de Setembro

O 20 de setembro é um marco de identidade para os gaúchos, uma chama que segue acesa, mesmo quando os ventos parecem querer apagá-la. É o símbolo de um povo que ousou sonhar liberdade em meio à incerteza e semeou esperanças que atravessaram gerações. Data que recorda a Revolução Farroupilha e valores que permanecem atuais – liberdade, coragem e identidade cultural.
No Vale do Taquari, esses valores se tornaram visíveis ao enfrentarmos adversidades recentes. Vimos surgir uma mobilização sem precedentes: comunidades inteiras organizadas em torno da reconstrução, e é justamente na adversidade que renasce o melhor de nós: a capacidade de unir forças.
A chama crioula arde em cada gesto de solidariedade, em cada mão estendida. É metáfora viva de que nada apaga o que nos move: a fé na vida, a crença no amanhã, a força de recomeçar. A liberdade hoje se traduz em cidadania, em associações que unem esforços, em voluntários que constroem soluções para os desafios do presente. E, olhando para trás, vemos homens e mulheres que, diante da dor e da perda, escolheram resistir — e resistir é verbo que ainda nos pertence. Nos pertence quando reconstruímos lares, quando nos abraçamos em silêncio na certeza de não estarmos sozinhos.
Se a liberdade foi o sonho que incendiou os farrapos, hoje a liberdade se concretiza em cooperar e em pertencer a uma coletividade que deseja crescer unida. Que este 20 de setembro nos motive a seguir construindo um Rio Grande mais justo, solidário e desenvolvido — porque a chama que arde em cada gaúcho é também a chama do futuro que queremos acender juntos.