Página Três

#PaginaTrês | Emprego tem. Qualificação (e até recompensa em dinheiro) também. O que falta, então?

Em Encantado, oportunidades de trabalho não faltam. Carros de som anunciam diariamente dezenas de vagas. Empresas daqui e até de municípios vizi- nhos estão recrutando, oferecendo benefícios, capacitação, salário digno — mas encontram difi culdades em preencher os cargos. O que está acontecendo?

150 vagas em mais um feirão

Neste sábado, a Praça da Bandeira se transforma mais uma vez em um grande Feirão de Empregos, com mais de 150 vagas ofertadas por mais de 10 empresas locais. É uma iniciativa do SINE e da Prefeitura para aproximar quem quer contratar de quem precisa trabalhar. A proposta é nobre. O problema é que, muitas vezes, a procura não acompanha a oferta. É difícil ignorar o contraste entre o apelo constante das empresas e o desinteresse de parte da população. Falta qualificação? Em alguns casos, sim. Mas falta também disposição, responsabilidade, comprometimento. O cenário escancara uma mudança no perfil do trabalhador, influenciado por múltiplos fatores: expectativas irreais, informalidade digital, dependência de auxílios, desvalorização do esforço tradicional.

Empresa oferece curso e até diploma gratuito

Por isso, iniciativas como o curso profissionalizante gratuito oferecido pela Só Escritório, em parceria com a Belgotex do Brasil, no dia 7 de junho, são tão importantes. A capacitação em instalação de carpete e vinílico abre portas para uma profissão rentável e com mercado garantido (whats 3751.2417). Com direito a apostila, certificado, alimentação e, principalmente, a real possibilidade de sair empregado. Tudo isso sem custo.

Até quando?

Há quem diga que falta emprego. Mas, por aqui, o que falta mesmo é gente disposta a agarrar as oportunidades com seriedade. A pergunta que fica é: até quando vamos seguir desperdiçando o que poderia ser o começo de uma nova história?

Chegamos ao cúmulo!

A maior empresa de Encantado está pagando R$ 500 em dinheiro para quem conseguir indicar alguém que aceite trabalhar — e permaneça no emprego por pelo menos 90 dias – quando ocorre a efetivação do contrato de experiência. É o retrato escancarado da realidade: tem vaga, tem salário, tem benefício… mas falta gente disposta a trabalhar. Vivemos tempos em que muitos querem “um emprego”, mas não estão dispostos a realmente trabalhar, ou seja, a cumprir com responsabilidade, esforço e constância as tarefas que o emprego exige. TRABALHAR DÁ TRABALHO! E assim chegamos ao cúmulo: empresas tendo que comprar indicações porque falta o básico — vontade de trabalhar.

Cidadã de ‘segunda classe’

Se há alguém se divertindo hoje em dia em Brasília, essa pessoa se chama Rosângela Janja da Silva. A primeira-dama goza de todos os benefícios do poder, mas sem qualquer ônus — e sem qualquer voto. Nesta semana ela se tornou motivo de constrangimento mais uma vez para Lula ao fazer uma intervenção em reunião com o presidente chinês, Xi Jinping. O petista disse que é isso mesmo, que sua mulher pode intervir, porque “não é cidadã de segunda classe”. A primeira-dama pode não ser uma cidadã de segunda classe, seja lá o que isso quer dizer, mas não recebeu nenhum voto para estar naquela reunião, e também não tem nenhum cargo formal, o que a blinda de prestar contas sobre aquilo que faz — ou por aquilo que gasta.

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