A alguns meses, foram vistos recordes de pedidos de demissões nos EUA, fenômeno que foi chamado de “A Grande Renúncia”. Agora, isso parece ter chegado ao Brasil.
O “Março de recordes”
Do total de quase 2 milhões de demissões no mercado formal em no mês de março, 603 mil foram demissões voluntárias, ou seja, a pedido do trabalhador. Comparando com o ano passado, o aumento foi de 38%. Trata-se do maior número de demissões a pedido em um único mês desde janeiro de 2020.
Explicando o fenômeno:
- Poder de escolha. Se, no início da pandemia o trabalhador aceitou um cargo só para poder pagar suas contas, agora que a situação não é mais tão crítica, ele busca um cargo condizente com suas qualificações.
- Vontade de ficar em casa. Com a volta do presencial, alguns estão migrando para empregos que continuam em home office. A principal justificativa é a qualidade de vida.
Além disso, na retomada, mais empresas estão contratando. Assim, o trabalhador passa a ter mais opções e escolhe a com mais benefícios.
Um estudo feito pelo LinkedIn apontou que 49% dos entrevistados estão considerando mudar de emprego em 2022, em busca de melhores salários e equilíbrio.
Apesar do desemprego ainda atingir 12 milhões de brasileiros, muitos estão se desapegando de seus cargos. Assim como nos EUA, o setor de alimentação foi o com mais pedidos de demissão.