Afinal, o tempo está passando mais rápido? Pesquisadores sugerem que sim
Especialistas discutem influência de mudanças eletromagnéticas da Terra na percepção humana

A sensação de que o tempo está “acelerado” — de que os dias passam mais depressa e o ano termina antes que percebamos — tem sido tema de debate entre pesquisadores de diversas áreas. Para alguns cientistas, trata-se apenas de uma percepção subjetiva; para outros, há elementos reais que podem explicar essa experiência comum.
Duas linhas de pensamento
Pesquisadores ligados a modelos científicos tradicionais afirmam que não há evidências que expliquem cientificamente essa aceleração. Já estudiosos que adotam uma abordagem holística, inspirada na física quântica e em conceitos de ecologia integral, consideram que fatores naturais podem influenciar o organismo humano.
Entre esses fatores, ganha destaque a chamada Ressonância Schumann, um campo eletromagnético que envolve a Terra.
O que é a Ressonância Schumann?
Identificada em 1952 pelo físico alemão W.O. Schumann, essa ressonância é formada entre a superfície terrestre e a parte inferior da ionosfera, criando um “circuito” eletromagnético de pulsações. Por milhares de anos, essa frequência manteve-se em 7,83 hertz, considerada uma espécie de “batimento cardíaco” do planeta.
Curiosamente, pesquisas mostram que essa é também a frequência predominante do cérebro humano e de outros vertebrados.
Alterações nas últimas décadas
Estudos citados por pesquisadores holísticos apontam que, desde os anos 1980 — e de forma mais intensa após os anos 1990 —, a frequência da Ressonância Schumann vem aumentando, variando entre 9, 11 e 13 hertz.
Segundo essa perspectiva, um “coração da Terra mais acelerado” poderia afetar sistemas humanos como:
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o sistema nervoso autônomo;
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a regulação cardiovascular;
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padrões emocionais e comportamentais.
Essa descompensação estaria relacionada a fenômenos globais, como eventos climáticos extremos, tensões sociais e aumento do estresse coletivo.
Dias ainda têm 24 horas — mas a percepção muda
A teoria aponta que, embora o dia siga com 24 horas, a sensação subjetiva seria equivalente a viver cerca de 16 horas. Isso explicaria por que, para tantas pessoas, o tempo parece encurtar a cada ano.
Relação com a crise climática
O texto relaciona essa possível instabilidade eletromagnética também aos desequilíbrios ambientais já comprovados: aquecimento global, secas, enchentes, eventos extremos e perda de biodiversidade.
Relatórios recentes indicam que o planeta pode fechar 2025 com média de 1,7°C acima do período pré-industrial, ultrapassando temporariamente o limite de 1,5°C previsto para 2030.
Uma proposta ética e existencial
Com base nessa perspectiva, a solução não estaria apenas na ciência climatológica, mas também em uma mudança de postura humana:
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maior cuidado ambiental;
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consumo responsável;
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ações de prevenção e adaptação;
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mais serenidade e menos estresse no cotidiano.
Estudos citados sugerem que pessoas que vivem em ambientes mais próximos da frequência de 7,83 hertz tendem a demonstrar maior equilíbrio emocional, cordialidade e compaixão.
“Precisamos respirar junto com a Terra”, conclui o autor do texto original, defendendo que o cuidado com a Casa Comum começa pelo cuidado consigo mesmo.






