Anvisa proíbe três marcas de “café fake” por presença de toxina prejudicial aos rins
Produtos continham fungo produtor de ocratoxina A e ingredientes impróprios para consumo; consumidores devem suspender uso imediatamente

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de três marcas de pó para preparo de bebida sabor café após análises laboratoriais identificarem a presença da substância ocratoxina A, uma toxina produzida por fungos que pode causar danos aos rins e está associada a riscos de câncer.
As marcas afetadas pela decisão são:
-
Master Blends
-
Melissa
-
Pingo Preto
Além da toxina, os produtos apresentaram impurezas como cascas, fragmentos de café e outros resíduos, rotulados de forma incorreta como “polpa de café” ou “café torrado e moído”. A rotulagem e a apresentação visual induziam o consumidor ao erro, levando a crer que se tratava de café puro.
Medidas adotadas
A Anvisa determinou:
-
Proibição da fabricação, distribuição, comercialização e propaganda dos produtos
-
Recolhimento imediato dos lotes pelas empresas
-
Suspensão do consumo pelos consumidores
O Ministério da Agricultura orienta que os consumidores interrompam o uso desses produtos e solicitem substituição ou reembolso, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor.
O que é a ocratoxina A
A ocratoxina A é uma micotoxina resistente ao calor, ou seja, não pode ser eliminada com fervura ou lavagem, tornando qualquer tentativa de descontaminação doméstica ineficaz. Essa toxina é comum em alimentos mal armazenados, como grãos, cereais e café.
A exposição contínua à substância representa risco à saúde, especialmente por seu potencial nefrotóxico (afetando os rins) e carcinogênico.
A Anvisa recomenda atenção aos rótulos e procedência dos produtos consumidos, reforçando a importância da fiscalização sanitária para garantir a segurança alimentar.