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DNA confirma identidade da mulher esquartejada e deixada em mala na rodoviária de Porto Alegre

Brasília Costa, de 65 anos, foi morta e desmembrada; suspeito do crime é Ricardo Jardim, condenado por matar a mãe em 2015

A Polícia Civil confirmou a identidade da mulher assassinada e esquartejada em Porto Alegre, no mês de agosto. A vítima é Brasília Costa, de 65 anos, natural de Arroio Grande, que vivia e trabalhava como manicure na zona norte da Capital. Partes do corpo foram deixadas em locais distintos da cidade, incluindo uma mala abandonada no guarda-volumes da rodoviária, o que deu início às investigações.

Identificação por DNA

A confirmação se deu por meio de comparação genética entre fragmentos do corpo e material colhido de um familiar. A análise foi realizada pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), após a polícia chegar à possível identidade da vítima. Exames anteriores já haviam comprovado que os restos encontrados em sacos plásticos na zona leste e na mala da rodoviária pertenciam à mesma mulher.

Suspeito tem histórico de homicídio

O principal suspeito do crime é Ricardo Jardim, 66 anos, que foi preso preventivamente na quinta-feira (4). Jardim já havia sido condenado a 28 anos de prisão em 2018 por matar a própria mãe e concretar o corpo dela em um móvel do apartamento em Porto Alegre. Ele cumpria pena em regime semiaberto e era considerado foragido desde o início do ano.

Segundo a Polícia Civil, Jardim mantinha um relacionamento com Brasília havia cerca de cinco meses. Ambos viviam em uma pousada na zona norte, onde a polícia acredita que o crime tenha sido cometido.

Esquartejamento e ocultação

De acordo com o delegado Mário Souza, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime foi planejado. O quarto da pousada teria sido preparado com lonas e fitas adesivas, e a morte teria ocorrido no dia 9 de agosto. Após o assassinato, o suspeito teria esquartejado o corpo e passado a distribuir os restos em diferentes pontos da cidade.

“Acreditamos que ele tinha certeza de que não seria preso. Estava se organizando para um novo ato”, afirmou o delegado.

Na manhã do dia 6, uma perna foi encontrada boiando no Guaíba, na zona sul. No domingo (7), outros fragmentos apareceram na orla, e a polícia trabalha com a hipótese de que também pertençam à mesma vítima. O crânio ainda não foi localizado.

Linha de investigação

O caso é tratado como feminicídio com motivação financeira. A polícia suspeita que Jardim possa ter dopado ou sufocado a vítima para impedir qualquer reação. A confirmação da causa da morte depende da localização completa do corpo.

Vestígios genéticos e perícia

As investigações contam com material genético encontrado nos sacos de lixo usados para descartar os restos humanos. A análise revelou um perfil masculino compatível com o de Jardim, já incluído no Banco de Perfis Genéticos do Estado após sua condenação anterior por homicídio.

Outras perícias seguem em andamento para esclarecer todos os detalhes do crime.

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