O Ministério Público do Rio Grande do Sul apura denúncias de que doações enviadas de Primavera do Leste (MT) para auxiliar famílias atingidas por enchentes teriam sido desviadas e comercializadas ilegalmente no Ginásio Municipal São Carlos, em Anta Gorda. O responsável pela locação do ginásio é apontado como suspeito de vender água mineral e outros itens de doação que deveriam ser destinados às vítimas.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul está investigando uma denúncia de que doações enviadas de Primavera do Leste, em Mato Grosso, para socorrer famílias afetadas por enchentes foram desviadas e comercializadas ilegalmente no Ginásio Municipal São Carlos, em Anta Gorda (RS).
A denúncia anônima, sob análise do promotor Heráclito Mota Barreto Neto, indica que itens como água mineral da marca “Lebrinha”, além de roupas e alimentos, foram armazenados e possivelmente vendidos no município. A investigação visa confirmar se houve venda ou distribuição irregular das doações.
O locatário em sua defesa, nega as acusações e afirma que as doações foram guardadas na área rural de Linha Terceira Moresco, a 15 km do centro de Anta Gorda. Ele atribui a denúncia a motivações políticas, alegando que a acusação surgiu em razão de seu apoio ao prefeito Xico Frighetto (Republicanos) e poderia ter sido feita por opositores para desestabilizar a administração.
O Ministério Público segue reunindo provas para apurar o caso, enquanto comunidades de Anta Gorda e Primavera do Leste aguardam desdobramentos sobre as acusações. Se confirmadas, as suspeitas representam um possível desvio grave de itens de primeira necessidade para os atingidos pelas enchentes.