Habitantes de Gaza enfrentam escassez extrema de roupas após 10 meses de guerra. Safaa Yassine, deslocada da Cidade de Gaza, vive apenas com a roupa do corpo. No campo de refugiados de Al Mawasi, a palestina de 38 anos lamenta não ter como vestir sua filha recém-nascida. Faten Yuda, de 30 anos, relata que seu filho de 15 meses usa um pijama curto por falta de opções.
O setor têxtil, que já foi próspero, está praticamente paralisado. Com o bloqueio israelense, a produção caiu drasticamente. Atualmente, poucas fábricas operam, e o acesso a novas roupas é quase impossível. O fechamento das fábricas devido à falta de eletricidade agrava a situação, e o pouco combustível disponível é priorizado para hospitais e infraestruturas da ONU.
A situação é crítica em Rafah, onde os preços dos produtos dispararam, e as roupas se tornaram itens de luxo. Omar Abu Hachem, de 25 anos, deslocado de Rafah para Khan Yunis, compartilha seu único par de sapatos com o cunhado. A falta de roupas, associada à escassez de alimentos, medicamentos e água, aumenta o risco de proliferação de doenças na região.