Fontana é aprovada no Pacto Global da ONU
Empresa ingressa num novo patamar de desenvolvimento sustentável e passa a participar de forma mais atuante para que sejam alcançados os objetivos da ONU
Neste mês de julho, a Fontana S/A ingressa num novo momento no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável não apenas da empresa mas de toda uma comunidade mundial. A fabricante de produtos de higiene e limpeza, cosméticos e oleoquímicos de Encantado foi aprovada nos critérios do Pacto Global da ONU e passa a ser um dos instrumentos da Organização das Nações Unidas para que os objetivos mundiais sejam alcançados.
De acordo com os primos e sócios-proprietários Ricardo e Maurício Fontana, ingressar neste Pacto demonstra que a empresa vem trabalhando, pensando não apenas nas relações comerciais com seus clientes e fornecedores, mas principalmente nas relações e cuidados interpessoais, de cidadania, de respeito e proteção ao meio ambiente, no combate à corrupção, entre outras áreas que englobam os princípios mundiais do Pacto.
“Tudo o que se construiu até aqui foi voltado para esses princípios, que se assemelham aos valores da empresa; ingressar neste Pacto vai consolidar nossa linha de trabalho e ampliar o perfil da empresa, que já não é apenas o econômico”, destaca Maurício.
Conforme Ricardo, 70% do faturamento da Fontana S/A provém da comercialização de matérias primas que são fornecidas para empresas de grande porte, nacionais e internacionais, como a Continental (pneus), Basf, Mercur, Cargill, Sandero, entre outras, e para continuar fornecendo para estas empresas e ampliar o leque de fornecedores a Fontana SA, avaliada pela metodologia EcoVadis Avaliação da Responsabilidade Social Empresarial, que também avalia o compromisso social e empresarial dos clientes da Fontana. “É uma cadeia de avaliações que converge para um crescimento sustentável em todos os aspectos”, completa.
A adesão ao Pacto Global da ONU ocorreu por meio das avaliações da EcoVadis.
“O Pacto é uma das plataformas que estavam à nossa disposição, dentre tantas outras com objetivos semelhantes; escolhemos aderir à da ONU pela plenitude de princípios e valores e pela abrangência dos temas”, explica Maurício.
O que muda
A partir de agora, a empresa deverá qualificar ainda mais todos os processos e os 230 funcionários para que, juntos, comprovem que as ações da Fontana estão alinhadas aos 17 objetivos de desenvolvimento social propostos pela ONU e aos 10 princípios do Pacto.
“A fase mais árdua vem agora”, diz a engenheira ambiental, Bruna Angela Dadalt. Ao lado dela está a Cientista de Alimentos, Daiane Angela de Oliveira. Juntas, com o respaldo dos gestores Ricardo e Maurício, elas buscarão realizar investimentos e melhorar metodologias que colocarão a Fontana S/A num novo e mais elevado patamar de empresa socialmente justa, ecologicamente correta e economicamente viável.
“Queremos celebrar os 100 anos de empresa com uma visão de futuro em que as relações de confiança se consolidem ainda mais, em todos os setores”, estima Maurício.
Ele destaca que atualmente há um envolvimento cada vez maior das empresas brasileiras em torno da sustentabilidade e uma maturidade crescente em relação ao tema.
“Há pouco tempo, muitas achavam que bastava apoiar um projeto no entorno de suas unidades para cumprir o seu papel social, mas isso por si só já não basta mais; é preciso conduzir as ações de forma estruturada e organizada, com investimentos cujos benefícios não são apenas econômicos, mas que melhorem a relação dos seus produtos e serviços com a sociedade e com o planeta. Isso é o Pacto”, completa.
Confira o depoimento exclusivo dos diretores da empresa, Ricardo e Maurício Fontana, da engenheira ambiental Bruna Dadalt e da especialista em gestão da qualidade Daiane Nichel acerca da adesão ao Pacto Global:
Saiba mais
O Pacto Global da ONU no Brasil foi criado em 2003, e hoje é a terceira maior rede local do mundo, com mais de 1,7 mil membros em diversos países.
Os projetos abrangem temas como Água e Saneamento, Alimentos e Agricultura, Energia e Clima, Direitos Humanos e Trabalho, Anticorrupção, Engajamento e Comunicação, nos quais estão relacionados os dez princípios do Pacto, quais sejam:
Direitos Humanos:
1 – As empresas devem apoiar e respeitar a proteção dos direitos humanos proclamados internacionalmente;
2 – certificar-se de que não são cúmplices de abusos de direitos humanos.
Trabalho: 3 – As empresas devem defender a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito à negociação coletiva;
4 – a eliminação de todas as formas de trabalho forçado e obrigatório;
5 – a abolição efetiva do trabalho infantil;
6 – a eliminação da discriminação em relação ao emprego e à ocupação.
Meio ambiente: 7 – As empresas devem apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais; 8 – empreender iniciativas para promover uma maior responsabilidade ambiental; 9 – estimular o desenvolvimento e a difusão de tecnologias ecologicamente corretas.
Anticorrupção: 10 – As empresas devem trabalhar contra a corrupção em todas as suas formas, incluindo extorsão e suborno.