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Grupo empresarial é alvo de operação da Polícia Civil; prejuízo no estado do RS chega a R$ 1,5 milhão

Empresas forjavam vínculos com clientes para burlar planos de saúde no RS

A Polícia Civil deflagrou, nesta terça-feira (2), uma operação contra um grupo empresarial suspeito de fraudes milionárias envolvendo planos de saúde. Conforme a investigação, o esquema causou prejuízo de R$ 287 milhões no país, sendo R$ 1,5 milhão apenas no Rio Grande do Sul.

A operação cumpre 25 mandados de busca e apreensão em cinco estados. Os alvos principais estão em Porto Alegre, onde mora o suposto chefe do esquema. Ao todo, 26 pessoas físicas e jurídicas foram identificadas como participantes da fraude.


Como funcionava o esquema

A investigação aponta que os suspeitos forjavam vínculos empregatícios com os contratantes dos planos, inserindo-os de forma fraudulenta em planos empresariais legítimos, mesmo sem qualquer relação de trabalho.

Com a promessa de valores abaixo do mercado e isenção de carência, as vítimas aderiam ao plano. Na prática, pagavam via boletos e PIX falsos, que direcionavam os valores diretamente aos fraudadores.

“Uma vez contratado um plano particular, os criminosos incluíam o contratante no plano corporativo de uma das empresas, como se fosse mais um colaborador da pessoa jurídica eleita para viabilizar a fraude”, explicou o delegado Eibert Moreira.

O golpe causava desequilíbrio financeiro nas operadoras, que arcavam com os custos dos planos sem ter recebido os valores reais de mercado.


Quebra de sigilo e sequestro de bens

As investigações começaram após uma denúncia feita por uma cliente e por alertas do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que detectou movimentações financeiras atípicas desde 2023.

O esquema envolvia lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada, com circulação de recursos sem justificativa econômica, uso de laranjas e divisão de valores para dificultar o rastreamento.

A Justiça determinou:

  • Sequestro de até R$ 5 milhões de cada investigado

  • Bloqueio de 16 veículos e três imóveis

  • Quebra de sigilo bancário dos suspeitos

As ações ocorrem simultaneamente no RS, SC, SP, RJ e PB.

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