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MPRS alerta para aumento de golpes contra idosos e orienta vítimas

A Central de Atendimento às Vítimas e Familiares de Vítimas de Crimes e Atos Infracionais do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), conhecida como Espaço Bem-me-quer, em Porto Alegre, vem registrando um crescimento preocupante no número de golpes aplicados contra idosos.

Segundo a promotora de Justiça Carla Carrion Frós, coordenadora do espaço, os crimes mais recorrentes envolvem empréstimos consignados fraudulentos, instituições financeiras falsas, o chamado “golpe dos nudes” e casos de estelionato sentimental.

Esses crimes não apenas causam prejuízos financeiros, como também afetam emocionalmente os idosos, que muitas vezes se sentem envergonhados ou culpados por terem sido enganados. A promotora reforça: “Ninguém deve se sentir culpado por ser vítima de um golpe. A responsabilidade é sempre de quem comete o crime”.

Crimes previstos no Estatuto do Idoso

O Estatuto do Idoso define como crime qualquer forma de violência patrimonial ou financeira contra pessoas com 60 anos ou mais. Isso inclui o desvio de dinheiro, bens ou benefícios, com penas que variam de um a quatro anos de prisão, além de multa.

Golpes mais comuns

  • Empréstimo consignado falso: criminosos entram em contato por telefone, e-mail ou WhatsApp, oferecendo crédito fácil. Para liberar o valor, exigem depósito antecipado — o que não é prática de instituições sérias.

  • Instituições financeiras inexistentes: empresas que prometem crédito, mas não existem legalmente.

  • Golpe dos nudes: criminosos simulam relacionamentos virtuais e depois chantageiam a vítima com fotos íntimas.

  • Estelionato sentimental: golpistas se passam por parceiros amorosos para obter vantagens financeiras.

Como se proteger

  • Desconfie de contatos suspeitos e nunca forneça dados pessoais ou bancários.

  • Não envie fotos ou documentos por mensagem.

  • Não faça depósitos antecipados para liberar crédito.

  • Verifique a reputação da empresa antes de contratar qualquer serviço.

  • Evite compartilhar senhas e dados bancários, mesmo com pessoas conhecidas.

Em caso de suspeita ou confirmação de golpe, é essencial registrar um boletim de ocorrência e notificar imediatamente o banco ou instituição envolvida.

O Ministério Público reforça que a prevenção e a informação são as principais formas de proteção e que o acolhimento às vítimas é prioridade.

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