DestaquesMundo

Ofensiva israelense continua em Gaza mesmo após plano de paz dos EUA

Tropas seguem atuando na região, enquanto o Hamas sinaliza abertura para negociações e reféns ainda permanecem em cativeiro

O exército de Israel afirmou neste sábado (4) que continua sua ofensiva na Cidade de Gaza, contrariando declarações anteriores do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e os apelos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por um cessar-fogo imediato.

De acordo com o porta-voz das Forças Armadas de Israel (IDF), coronel Avichay Adraee, “retornar à cidade é extremamente perigoso” e a presença militar permanece ativa. “Para sua segurança, evite retornar para o norte ou se aproximar de áreas de atividade das tropas da IDF em qualquer lugar — inclusive no sul da Faixa de Gaza”, alertou o porta-voz em comunicado.

Apesar de Netanyahu ter anunciado a preparação para a “implementação imediata” do plano de paz proposto pelos EUA, a operação militar prossegue. O governo israelense afirma que continuará cooperando com os norte-americanos para encerrar o conflito de acordo com os princípios estabelecidos por Israel e alinhados à visão de Trump.

O exército israelense informou que o governo convocou uma avaliação especial da situação e iniciou preparativos para a libertação dos reféns ainda mantidos pelo Hamas. Atualmente, o grupo terrorista mantém mais de 40 pessoas sequestradas desde o ataque de 7 de outubro de 2023.

Segundo o comunicado, “todas as capacidades da FDI serão alocadas ao Comando Sul para garantir a proteção das tropas”. O chefe do Estado-Maior reforçou que as tropas devem permanecer em estado máximo de alerta e prontas para responder a qualquer ameaça.

Por outro lado, o Hamas sinalizou disposição para iniciar negociações de paz. Um alto funcionário do grupo afirmou à AFP que estão prontos para discutir todas as questões pendentes sob o acordo de cessar-fogo. O plano dos EUA prevê que o Hamas fique de fora de um novo governo em Gaza, mas concede anistia aos membros que entregarem suas armas e aceitarem coexistir pacificamente com Israel.

Publicidade

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo