Queijos Dália: projeto completa três anos com crescimento, inovação e reconhecimento no setor lácteo
Iniciativa surgiu para reaproveitar planta de Arroio do Meio e hoje é referência em qualidade e eficiência na produção de queijos

A linha de queijos da Cooperativa Dália Alimentos está prestes a completar três anos de operação e celebra uma trajetória marcada por inovação, resiliência e qualidade. Criado como alternativa para a ociosidade da unidade industrial localizada no bairro Aimoré, em Arroio do Meio, o projeto transformou a planta e consolidou uma nova frente de atuação para a cooperativa.
Desde 22 de julho de 2022, data do início oficial da produção, a unidade passou a fabricar queijos muçarela, colonial, coalho, provolone e zero lactose, além de produzir mensalmente 200 toneladas de nata. A estrutura, que anteriormente era voltada ao envase de leite UHT, passou por adaptações e hoje conta com capacidade para armazenar 2 mil posições de leite.
Crescimento da operação
A mudança trouxe impacto direto na geração de empregos. No início do projeto, 20 colaboradores atuavam no local. Atualmente, são 70 profissionais envolvidos diretamente na operação da planta, que se tornou uma das referências da cooperativa na área de lácteos.
Planejamento e execução
A proposta de transformar a unidade partiu do gerente da Divisão de Produtos Lácteos, Antonio Maria Salazar Leivas, que apresentou o plano à diretoria da cooperativa em 2020. Com mais de duas décadas de experiência no setor — incluindo passagens por empresas do Uruguai e do Rio Grande do Sul —, Leivas sugeriu a aquisição de equipamentos e a readequação da estrutura, com apoio do presidente executivo Carlos Alberto de Figueiredo Freitas.
A primeira produção ocorreu em maio de 2022, dois meses antes da inauguração oficial. Já nos primeiros testes, os queijos Dália foram premiados em todas as categorias no 6º Concurso Estadual de Queijos, confirmando o padrão de qualidade do novo segmento da cooperativa.
Desafios e superações
Entre os nomes que marcaram a consolidação do projeto está o Supervisor Industrial, Diego Pereira Cardozo, que destacou os desafios técnicos do início da operação, como o ajuste de formulações e padronização dos produtos. Mesmo com experiência no setor, reconheceu que o projeto exigiu dedicação extra de toda a equipe.
Outro ponto marcante foi a superação dos danos causados pela enchente de 2024, que afetou diretamente a unidade. Segundo o Encarregado de Manutenção, Cesar Hampel, parte dos equipamentos ficou submersa, exigindo esforços de recuperação de motores e painéis. A retomada só foi possível graças à união e comprometimento dos colaboradores.
A história do setor de queijos da Dália também é acompanhada por profissionais como Marno Kramer, operador de máquinas, que relembra os tempos de produção artesanal da década de 1990 e compara com a eficiência do maquinário atual, que reduziu o esforço físico e aumentou a segurança.
Com três anos de operação, a linha de queijos da Dália se consolidou como um exemplo de adaptação bem-sucedida, valorização de pessoas e busca por excelência. O projeto transformou uma unidade ociosa em um polo de referência no setor lácteo, com perspectivas de crescimento contínuo e reconhecimento no mercado gaúcho.