
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) recebeu 214.976 respostas de associações sobre os descontos em aposentadorias e pensões realizados nos últimos meses. A informação foi confirmada pelo presidente da autarquia, Gilberto Waller, nesta quarta-feira (4), em Brasília.
Segundo Waller, as entidades reconheceram apenas 12 casos de descontos indevidos. Em todos, o INSS já emitiu Guias de Recolhimento da União (GRUs) para que os valores sejam ressarcidos aos beneficiários prejudicados.
Associações alegam regularidade ou acordos judiciais
De acordo com o balanço:
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148 mil respostas vieram acompanhadas de documentação que tentaria justificar os descontos;
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Outras 62 mil respostas se referem a acordos judiciais prévios entre beneficiários e entidades.
A mobilização ocorreu após o aumento nas reclamações de aposentados e pensionistas sobre descontos não autorizados, muitas vezes atribuídos a associações criadas para representar a categoria.
Justiça bloqueia bens de envolvidos em fraudes
A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 23,8 milhões em bens de empresas e sócios investigados por fraudes contra beneficiários do INSS. A medida atendeu a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU).
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O bloqueio faz parte de um pacote de 15 ações judiciais;
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Os valores visam garantir o ressarcimento às vítimas;
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As entidades já são alvo de Processos Administrativos de Responsabilização (PAR) dentro do próprio INSS.
Mais de 2 milhões contestaram descontos
A operação nacional mobilizou milhares de beneficiários:
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2 milhões já contestaram descontos considerados indevidos;
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Mais de 300 mil buscaram atendimento nos Correios, em mutirão realizado em parceria com o governo.
As investigações apontam que algumas entidades foram criados exclusivamente para fraudar o sistema, utilizando documentos falsos e laranjas para enganar aposentados e pensionistas.