
Aprovado na quarta-feira, o projeto de lei que isenta do Imposto de Renda pessoas físicas com rendimento mensal de até R$ 5 mil começará a valer a partir de janeiro de 2026, mas seus efeitos práticos só serão percebidos na declaração de 2027, referente ao ano-base de 2026.
O que muda
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A partir de 2026, quem ganha até R$ 5 mil por mês será isento de IR.
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Para rendimentos entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, haverá redução parcial do imposto.
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Acima de R$ 7.350 mensais, a tabela segue sem alterações.
Na prática, a declaração que será feita em 2026 segue as regras atuais, já que se refere ao ano de 2025. As mudanças serão aplicadas apenas nos rendimentos recebidos a partir de 1º de janeiro de 2026, com reflexo na declaração de 2027.
Exemplo prático
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Um contribuinte que hoje recebe R$ 4.900 sofre retenção mensal de cerca de R$ 438,77. Com a nova regra, esse valor seria zerado.
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Quem ganha R$ 5.100 por mês, atualmente paga R$ 493,77 de IR na fonte. Com a nova tabela, o desconto cairia para aproximadamente R$ 194,19.
Alíquota extra para altas rendas
O projeto também prevê alíquota adicional de até 10% para quem ganha acima de R$ 50 mil por mês. A medida busca promover maior justiça fiscal, segundo Dickel, mas pode também afastar investimentos e recursos do país, alerta o especialista.






