RS vira zona livre de vacinação da febre aftosa
Normativa do Ministério da Agricultura oficializou status do RS e outros três estados, além de duas regiões de Amazonas e Mato Grosso. RS vacinou 90% do rebanho em 2020, diz secretaria.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) reconheceu, nesta terça-feira, 11, os estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Rondônia e Acre, além de duas regiões do Amazonas e do Mato Grosso, como zonas livres da vacinação para febre aftosa.
A medida foi confirmada com a assinatura de uma instrução normativa pela ministra Tereza Cristina.
VIGÊNCIA
A mudança passa a valer em 1º de setembro. Com isso, o ano de 2020 será o último com vacinação nestes estados.
A normativa, que deve ser publicada no Diário Oficial desta quarta-feira, 12, dá reconhecimento nacional à medida. A partir disso, o governo federal poderá encaminhar o pedido de status internacional à Organização Mundial de Saúde Animal. Com assembleia prevista para maio do ano que vem, a entidade internacional pode emitir a certificação que vai permitir a entrada dos estados em novos mercados mundiais.
NOVOS MERCADOS
Técnicos e especialistas apontam que a retirada da vacinação tem potencial de abrir mercados como Japão, Coreia do Sul, México, Estados Unidos, Chile, Filipinas, China (carne com osso) e Canadá.
SUÍNOS
No setor dos suínos, a expectativa é de que haja um incremento nas exportações em cerca de R$ 600 milhões anuais.
90% DO REBANHO VACINADO NO RS
Até agora, o RS já vacinou 90% do rebanho, segundo o secretário da Agricultura, Covatti Filho. Na semana passada, auditores do ministério estiveram na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do RS para avaliar o cumprimento das exigências feitas para a obtenção do novo status sanitário.
Vai gerar imenso impacto na economia gaúcha. Com a retirada da vacina, o estado poderá alcançar 70% dos mercados mundiais disponíveis – afirma Covatti Filho.
A febre aftosa é uma das principais doenças da criação de gado, que começa com aftas na boca dos animais, podendo levar a problemas cardíacos e até a morte. Ela é contagiosa entre os animais, mas não infecta humanos. Conforme o governo federal, o Brasil não registra novos casos desde 2006.
A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul se manifestou favoravelmente à instrução normativa.