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O trauma volta como uma reação, não como uma memória

Precisamos sempre olhar para as nossas reações e buscar compreender o porquê delas. Nossas reações emocionais destrutivas têm a ver com nossas feridas não tratadas. Sendo assim, podemos encarar toda reação como um convite rumo a nós mesmos.

Se olhar com cuidado, você vai perceber que a vida adulta é sempre menos adulta do que parece. Ela é pilotada por restos e rastros da infância (Calligaris). As experiências dolorosas vividas no decorrer da vida atingem a psiquê do indivíduo, desestabilizando-o e gerando consequências posteriores em seu comportamento. O trauma volta como uma reação, não como uma memória (Bessel Van Der Kolk).

A dependência emocional, insegurança, dificuldade de confiar em alguém, dificuldade em formar vínculos, compulsões, medos, transtorno de ansiedade, depressão, a postura rígida, autoritária, hostil e zangada de um indivíduo podem ser uma resposta ao trauma.

O adulto desconfiado pode ter sofrido com a ferida da traição quando não cumpriram o combinado. O adulto muito exigente pode ter sido a criança que foi muito castigada na infância. O adulto auto suficiente precisou se virar sozinho pois não teve com quem contar quando precisou.

A auto suficiência é um mecanismo de sobrevivência desenvolvido por pessoas que sofreram com alguma experiência de desamparo. Por isso elas costumam “se virar sozinhas” e “dar conta de tudo”. Essas pessoas costumam sentir dificuldade em pedir ajuda, se sentem sobrecarregadas e têm dificuldade de se conectar com outras pessoas, até mesmo com suas próprias emoções.

O adulto que tem o ego inflado que sente necessidade de se afirmar através da desvalorização do outro. Faz questão de comparar seu sucesso com o sucesso dos outros com o intuito de desqualificar as conquistas dos outros para satisfazer a sua necessidade de se sentir superior, pois no fundo seu ego é inflado, mas a sua autoestima é baixa.

Enquanto não compreendermos nossas reações emocionais seguiremos reagindo de formas “inexplicáveis” sem que tomemos consciência da nossa ferida central. Torne-se um expert de si mesmo. Mantenha-se curioso a respeito de suas reações, elas são feridas em busca de luz”.

Agro Dália

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