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Fotos do corpo de Marília Mendonça no IML vazam na internet, e advogado da família diz que ato é ‘desumano e criminoso’

Responsável pela defesa da cantora, Robson Cunha afirma que Estado e agentes que divulgaram imagens devem ser responsabilizados

Nesta quinta-feira, 13, fotos da autópsia do corpo da cantora Marília Mendonça, morta em novembro de 2021 em um acidente aéreo, realizadas no Instituto Médico Legal (IML) de Minas Gerais, vazaram nas redes sociais e causaram indignação de fãs e amigos.

A cantora Anitta republicou uma mensagem de Marília no Twitter com os dizeres: “Pessoas doentes, humanidade perdida, antiprofissionalismo. Justiça. Respeitem a Marília”, disse.

Na mensagem postada em agosto de 2019, a cantora de sertanejo ressaltou que não há ética nas prestações de serviço e que ‘tinha medo de morrer’ pelas pessoas não respeitarem seu momento. “É muito complicado contar com a ética na prestação de serviços de qualquer forma… minha gravidez foi descoberta por um exame de sangue vazado e tudo que eu faço é dessa forma… dá medo até de morrer porque as pessoas não respeitam nem esse momento e conhecemos casos parecidos”, escreveu ela na ocasião. Por meio de nota, o advogado Robson Cunha, que representa a família de Marília, manifestou a indignação com o vazamento das fotos do Inquérito Policial e culpabilizou o Estado.

“É inconcebível que documentos exclusivos de um inquérito policial que corre em sigilo e com restrições de acessos tenham sido divulgados de forma irresponsável, desumana e criminosa. Durante todo o tempo, desde o acidente até a liberação dos corpos, trabalhamos incansavelmente para que uma situação grave como essa não ocorresse. O Estado é o responsável pela guarda e proteção das informações e documentos que estão sob a sua tutela. Isso é um fato gravíssimo e tanto o Estado quanto os agentes que divulgaram a imagem devem ser responsabilizados”, ressaltou Cunha.

A nota ainda diz que as pessoas que estão compartilhando o material “estão incorrendo também em crime e podem ser responsabilizados judicialmente”. A ação se enquadra no crime de vilipêndio a cadáver, previsto no Código Penal Brasileiro, e a pena varia de um a três anos de detenção e multa.

 

Fonte
Portal Leouve
Agro Dália

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